A recém-anunciada Zona Franca de Manaus pode sofrer com a falta de duplicação da BR, hoje com tráfego intenso de veículos pesados
De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra, esse descumprimento faz com que os projetos tenham que ser discutidos e rediscutidos o tempo todo.
“Do Sul da Bahia até próximo de Aracruz, havia muitas empresas contando com essa duplicação, e principalmente com os Contornos para retirar o trânsito urbano da rodovia. Não podemos permitir que isso aconteça, o impacto é muito negativo. O custo do transporte afeta os preços dos produtos”, afirmou.
Com a falta de segurança em mais de 475 quilômetros da BR 101 no Estado, a confirmação de que as obras de duplicação não serão feitas pela concessionária Eco101, conforme previsto no contrato assinado em 2013, poderá afugentar os investimentos do Espírito Santo nas mais diversas áreas, acreditam entidades empresariais.
Com isso as empresas que estão negociando vir para o Estado para se instalar no polo da Zona Franca de Manaus, que vai funcionar em Cariacica, também podem desistir do negócio, acredita o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística no Espírito Santo (Transcares), Liemar Pretti.
“O polo trará impacto para a cadeia de transporte de cargas do Estado, com uma movimentação maior nas rodovias. Hoje nossa frota tem carros de tecnologia super avançada, mas usamos estradas da década de 50. Se a concessionária assumiu, tem que fazer a obra. Não adianta, depois de quatro anos arrecadando pedágio, vir reclamar”, lamentou.