O número de macacos mortos por causa da febre amarela, no Espírito Santo foram 54 até a última sexta-feira (13), assustou a secretária de Saúde estadual. O órgão já informou ao Ministério da Saúde sobre o cenário e a partir desta segunda-feira (16), cerca de 350 mil doses da vacina contra a doença começam a ser enviadas para o território capixaba. O imunização é uma ação de bloqueio para os 23 municípios capixabas que têm limite com o Estado de Minas Gerais e onde foram encontrados macacos mortos.
Esta é uma medida preventiva diante dos casos crescentes em Minas Gerais, uma vez que, até o momento, não há confirmação da doença no Estado. A Secretaria também solicitou o envio de 15 mil doses por mês para garantir o atendimento aos turistas que vem ao Estado neste período de férias. Hoje, a Sesa recebe 5 mil doses, por mês, do Ministério da Saúde.
As vacinas serão distribuídas às cidades, que são responsáveis pela organização e aplicação da vacina em sua população. Saiba quais são:
1. Água Doce do Norte
2. Alto Rio Novo
3. Baixo Guandu
4. Barra de São Francisco
5. Brejetuba
6. Divino São Lourenço
7. Dores do Rio Preto
8. Guacui
9. Ibatiba
10. Ibitirama
11. Irupi
12. Iúna
13. Laranja da Terra
14. Mantenópolis
15. Montanha
16. Mucurici
17. Pancas
18. Afonso Cláudio
19. Ecoporanga
20. Colatina
21. Itaguaçu
22. Governador Lindemberg
23. Conceição do Castelo
Programa Nacional de Imunização
A vacinação contra febre amarela segue critérios recomendados pelo Programa Nacional de Imunização, e todos os municípios recebem orientações técnica sobre qual público deve ser vacinado e em qual situação deve ser aplicada a vacinação, ou seja, não pode ser administrada em qualquer pessoa, devendo seguir indicações e esquema vacinal.
O Ministério da Saúde alerta que, nos casos de pacientes com imunodeficiência, a administração da vacina deve ser condicionada à avaliação médica de risco-benefício. Pessoas com histórico de reação alérgica à substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina e ouros produtos com proteína bovina), além de pacientes com histórico anterior de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, ausência de timo ou remoção criúrgica) também deve buscar orientação profissional.
A Sesa reforça que quem mora nos outros municípios do Estado não precisa ser vacinado, a menos que vá se deslocar para áreas de risco. Desde 2014, o Ministério da Saúde passou a recomendar a aplicação de duas doses da vacina contra febre amarela, válidas para a vida toda, e não mais uma dose a cada dez anos. Por isso, quem planeja sair do estado e viajar para áreas de risco de febre amarela deve se certificar de que está devidamente protegido contra a doença. O viajante deve buscar uma unidade municipal de saúde caso ainda não tenha tomado a primeira dose da vacina ou a dose de reforço. Se for a primeira vez que a pessoa é vacinada, a dose deve ser aplicada pelo menos dez dias antes da viagem para que o organismo produza anticorpo contra a doença.
Quanto aos viajantes internacionais, alguns países exigem a apresentação do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), que é obtido mediante apresentação do Cartão Nacional de Vacinação – comprovante válido em todo o território brasileiro – em um Centro de Orientação do Viajante da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No Espírito Santo, o Centro de Orientação do Viajante funciona no aeroporto de Vitória.
Indicação Esquema Crianças de 6 meses a 9 meses de idade incompletos A vacina está indicada somente em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem inadiável para área de risco de contrair a doença.
Crianças de 9 meses até 4 anos 11 meses e 29 dias de idade Administrar 1dose aos 9 meses de idade e 1 dose de reforço aos 4 anos de idade, com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Pessoas a partir de 5 anos de idade, que receberam uma dose da vacina antes de completar 5 anos de idade Administrar uma única dose de reforço, com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Pessoas a partir de 5 anos de idade, que nunca foram vacinadas ou sem comprovante de vacinação Administrar a primeira dose da vacina e, 10 anos depois, 1 dose de reforço. Pessoas a partir dos 5 anos de idade que receberam 2 doses da vacina Considerar vacinado.
Não administrar nenhuma dose. Pessoas com 60 anos e mais, que nunca foram vacinadas ou sem comprovante de vacinação O médico deverá avaliar o benefício e o risco da vacinação, levando em conta o risco da doença e o risco de eventos adversos nessa faixa etária ou decorrentes de comorbidades. Gestantes, independentemente do estado vacinal A vacinação está contraindicada. Na impossibilidade de adiar a vacinação, como em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para área de risco de contrair a doença, o médico deverá avaliar o benefício e o risco da vacinação.
Mulheres que estejam amamentando crianças com até 6 meses de idade, independentemente do estado vacinal A vacinação não está indicada, devendo ser adiada até a criança completar 6 meses de idade. Na impossibilidade de adiar a vacinação, como em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para área de risco de contrair a doença, o médico deverá avaliar o benefício e o risco da vacinação.
Em caso de mulheres que estejam amamentando e receberam a vacina, o aleitamento materno deve ser suspenso preferencialmente por 28 dias após a vacinação (com um mínimo de 15 dias). Viajantes