O diagnóstico precoce do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um dos pontos-chave para o desenvolvimento da criança. Por isso, a sanção da Lei n° 13.438 foi tão comemorada por especialistas da área. A nova legislação torna obrigatória a adoção de protocolos padronizados para a avaliação de riscos ao desenvolvimento psíquico de crianças de até 18 meses de idade no Sistema Único de Saúde (SUS). A norma deverá ser aplicada a partir de outubro deste ano.
Antecipando-se à aprovação da legislação, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) lançou um documento com orientações para triagem precoce do autismo. O caderno traz informações básicas sobre o distúrbio e um questionário com 23 questões, com resposta sim ou não, que devem ser respondidas pelos pais ou cuidadores durante a consulta pediátrica.
O TEA afeta, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, cerca de 70 milhões de pessoas no mundo e dois milhões no Brasil. O distúrbio é caracterizado pelo prejuízo em três importantes áreas: comunicação, socialização e comportamento repetitivo e restrito de atividades e interesses da criança.
O documento publicado pela SBP facilita a identificação dos sinais do autismo, por meio da análise de características da criança como a falta de reflexos esperados para aquela idade, atraso em adquirir o sorriso social e em demonstrar interesse em objetos sorrindo para eles ou movimentando o corpo, assim como o pouco interesse pela face humana, a preferência por dormir sozinho no berço e a demonstração de irritabilidade quando ninado no colo.