Governador do Estado, Renato Casagrande (PSB- foto)) apoiado pelo PT e com nítidas atitudes de esquerda, finge que o problema dos produtores rurais prejudicados pelo lamaçal da Samarco que desceu pelas águas do rio Doce em 2015, é um fato sem grande importância.
Esquece ele que são os produtores rurais a mola mestra da agricultura brasileira, e que os capixabas com propriedades às margens do Rio Doce sofrem com o descaso e abandono desde que esta tragédia aconteceu a seis anos.
Estudos de pesquisadores devidamente capacitados e reconhecidos pela Justiça e pela própria Fundação Renova comprovam o prejuízo causado pelos detritos tóxicos que desceram pelas águas do rio, destruindo as lavouras e tornando a terra infértil para qualquer cultivo. No entanto, parece que tudo isso é pouco. Não se vê uma movimentação por parte da classe política. Em anos anteriores chegaram a ensaiar uma reação a este fato, tentando criar na Assembléia Legislativa uma CPI.
Os deputados estaduais fizeram muito “oba-oba” no sentido de canalizar a simpatia dos agricultores, mas depois de renderam aos benefícios das multinacionais, cujo faturamento no ano passado chegou à casa dos 50 bilhões de reais.
A Vale e Samarco são velhas conhecidas de financiamentos de campanhas políticas, elegendo políticos comprometidos com as metas dessas empresas, que é sempre prejudicial aos interesses do povo. Eles chegaram a fazerem acordos perante a Justiça que nunca foram cumpridos. E os anos vão passando e estas empresas não cumprem com suas obrigações, não pagam, e ficaram posando de bons samaritanos, quando na verdade, são frutos da corrupção que assola este país.
Elaborada sob a coordenação do Observatório, a carta estabeleceu diretrizes para a renegociação das medidas de reparação. Na tragédia de Mariana, 19 pessoas morreram e dezenas de cidades mineiras e capixabas situadas na Bacia do Rio Doce foram impactadas após o rompimento da barragem do Fundão, em novembro de 2015. Desastre em Mariana: 55 atingidos pela barragem da Samarco morreram sem ter casa reconstruída pela Fundação Renova.
E o que aconteceu com as empresas responsáveis por essa atrocidade capitalista generalizada? lucraram! enquanto a própria Samarco, no período anterior à tragédia, havia lucrado nada mais nada menos do que um caixa de R$ 13 bilhões. Após o rompimento da barragem, as famílias não receberam seus direitos imediatamente, passando por momentos de dificuldade extrema e luto pelas mortes e destruição, com a empresa dificultando a liberação dos valores que não representavam uma fração dos lucros que obtiveram sob a morte e a miséria das pessoas. Seis anos se passaram e famílias ainda lutam para obter suas moradias de volta.