FOTO: Carlos Rebello é médico radioterapeuta do IRV. Foto: Hugo Boniolo
Vera Caser Comunicação
O controle do câncer não está restrito à prevenção, diagnóstico e tratamento com intuito curativo. Quando a doença avança e a pessoa com tumor sente dores ou tem algum sangramento, o cuidado paliativo é fundamental para que ela tenha qualidade de vida.
O médico radioterapeuta Carlos Rebello, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV), explica que o tratamento paliativo pode ser indicado para redução ou diminuição da velocidade de crescimento de tumores ou para abrandar sintomas, como desconforto ou compressão sobre órgãos sensíveis.
“Quando falamos em cuidados paliativos estamos pensando em qualidade de vida para os pacientes e familiares, prevenindo e aliviando o sofrimento”, afirma o médico.
Este cuidado é indicado nos casos de metástases cerebrais, ósseas e de outros tipos, doença primária avançada no local onde está instalada e recidivas (quando o câncer volta) ou para estancar sangramentos, descomprimir e desobstruir tumores, além de casos obstrutivos.
O tratamento paliativo pode ser indicado no momento do diagnóstico, quando a doença é detectada em estágio em que a possibilidade de cura é questionável ou quando já se esgotaram todas as possibilidades de cura ou de manutenção da vida e a doença segue avançando.
Acolhimento
Carlos Rebello destaca que o cuidado paliativo aborda outras questões além das que são especificamente clínicas, como as psicológicas.
“A ideia do tratamento paliativo é trabalhar a parte mental, física, social e também espiritual, com estratégia para que paciente e familiares se sintam acolhidos e seguros. É de extrema importância atuar com uma equipe de profissionais médicos nos cuidados paliativos e de forma multidisciplinar, seja de psicologia, seja de serviço social, enfermagem, fonoaudiólogos e fisioterapautas”, afirma Carlos Rebello.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que todos os pacientes portadores de doenças graves, progressivas e incuráveis devem receber cuidados paliativos desde o diagnóstico da doença.
Os casos são avaliados de forma individualizada e, em algumas situações, o tratamento médico tradicional deve continuar, com realização de quimioterapia, por exemplo.
“Temos que avaliar caso a caso e sempre quando indicado devemos dar sequência aos tratamentos. O importante é pensar no paciente e na sua família com respeito e dignidade, minimizando o sofrimento”, explica.
Segundo Carlos Rebello, com o avanço da tecnologia, a radioterapia paliativa é realizada através de uma técnica chamada de hipofracionamento, em que as doses de radiação são maiores e aplicadas em menos dias.
“Os aceleradores lineares são equipamentos diferenciados e com avanço em eletrônica, informática e conhecimento de radiobiologia. Hoje, em doenças metastáticas, utilizamos regime de tratamento hipofracionado, que é aquele em que fazemos a radioterapia com doses altas por fração em dia único ou poucos dias”, destaca o médico.
Sobre o IRV
Fundado em 2005, o Instituto de Radioterapia Vitória (IRV) é a única clínica privada do Espírito Santo para o tratamento de câncer por meio deste serviço. Funciona nas dependências do Vitória Apart Hospital, na Serra, com tecnologia de ponta e equipe altamente qualificada que tem como filosofia de trabalho o acolhimento dos pacientes.
O IRV tem convênio com os maiores planos de saúde do Espírito Santo, como Unimed, Samp, São Bernardo, Bradesco Saúde, MedSênior, Pasa/Vale, Arcelor/Abeb, Petrobras, Cassi (BB), Saúde Caixa, Banescaixa, Amil, Sul América, Mediservice, Codesa, Cesan, Geap, entre outros.