Ele foi escolhido entre milhares de candidatos de 179 países, onde apenas 37 nações estão representadas entre os finalistas, sendo o único brasileiro e latino americano na disputa
Depois de ser escolhido melhor professor do ano na 19ª edição do Prêmio Educador Nota 10 de 2016, o professor de Ciências Wemerson da Silva Nogueira tem um novo desafio: no dia 14 de março de 2017 ele embarca para Dubai, onde é um dos dez finalistas ao prêmio internacional de educação Global Teacher Prize, considerado o prêmio nobel da educação.
O reconhecimento vai para professores com excelentes resultados de projetos desenvolvidos em sala de aula, que resultaram na melhoria das notas ou frequência dos alunos na escola. O vencedor ganha US$ 1 milhão.
“Eu me sinto muito honrado, feliz e orgulhoso! Tudo isso vem sendo construído a uma longa trajetória por mim, meus alunos, escola, estado e país. Enfrentei dificuldades, mas com muita vontade, venci com meus alunos”, afirmou.
Nogueira atuava na Escola Estadual Antônio dos Santos Neves, em Boa Esperança, noroeste do Espírito Santo. Ele liderou um projeto social chamado “Jovens Cientistas: Projetando um Futuro Novo”. Uma das atividades foi estudar a tabela periódica pesquisando a lama que poluiu as águas do Rio Doce.
Aos 26 anos, o menino do interior de Nova Venécia, filho mais novo de agricultores entre sete irmãos, é o único brasileiro e latino americano na história do Brasil a concorrer ao prêmio. Ele foi escolhido entre milhares de candidatos de 179 países, onde apenas 37 nações estão representadas entre os finalistas, e sempre sonhou em fazer algo que promovesse a diferença.
“A paixão pela educação nasceu com uma professora de história no ensino médio chamada Penha Cimadon. Ela me inspirou a buscar a educação. Eu resolvi entrar na licenciatura e me formei aos 20 anos por educação a distância (EAD) na Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES). Sou especialista em química, educação e direitos humanos”, contou.