Os estudiosos vieram ao Estado para participar de congresso em Vitória, e conheceram culturas de cacau e de mamão
Linhares – Pesquisadores e técnicos de vários estados brasileiros e até do Haiti aproveitando uma viagem a Vitória, para participar de um congresso, acabaram vindo a Linhares, para saber mais sobre a agricultura do Espírito Santo. Baianos, brasilienses, gaúchos, paranaenses e mato grossenses, os pesquisadores visitaram culturas de mamão e de cacau, além de uma beneficiadora de mamão que exporta para a Europa e Estados Unidos.
A finalidade da viagem, segundo o superintendente do Ministério da Agricultura, Dimmy Barbosa, era apresentar as lavouras de Linhares que não são cultivadas nos estados dos pesquisadores ou que eles têm pouco contato. “A ideia era mostrar a fruticultura de Linhares com visita a campo e as técnicas desenvolvidas pós-colheita, comprovando que os produtos cultivados no Espírito Santo são de boa qualidade e fazem bem à saúde”, explicou.
A primeira visita técnica foi em uma lavoura de mamão, logo pela manhã. Já na parte da tarde, o grupo foi a uma beneficiadora de mamão, onde o diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex), José Roberto Fontes, explicou todo o processo de controle e o cuidado com a fruta pós-colheita.
“A qualidade do produto está atrelada a todos os cuidados, desde o campo até a venda. Nosso processo de controle depois da colheita evita contaminações, deixando a fruta sem riscos para o consumo. Além disso, as visitas técnicas são importantes para disseminar tecnologia e, assim, auxiliar produtores de outros lugares”, afirmou Fontes.
Para a engenheira agrônoma Rosângela Silva, do Mato Grosso, a visita técnica agrega muito conhecimento. “Tenho mais contato com culturas de milho e algodão, então a viagem nos ajuda a aprender mais sobre outras lavouras que temos pouco contato”, exemplificou.
Uma segunda visita foi em uma lavoura de cacau, em Povoação. No local, os pesquisadores conheceram mais sobre esta cultura e também sobre um chocolate fabricado com o fruto cultivado na propriedade – o doce contém 56% ou 70% de cacau.
Do Haiti, a engenheira agrônoma Margarete Divers, que faz mestrado no Rio Grande do Sul, provou o cacau na propriedade e ficou encantada. “É muito saboroso”, garantiu. Já o engenheiro agrônomo José Cláudio de Oliveira, da Bahia, elogiou a alta concentração de cacau no chocolate. “Apesar de mais forte, o doce é muito bom, o sabor não fica amargo como em outros chocolates”, destacou.
Os estudiosos vieram ao Estado para o Congresso Brasileiro de Nematologia, que é realizado pela primeira vez no Espírito Santo. Além do grupo que esteve em Linhares, outro foi visitar lavouras da região serrana.