Estado – Um grupo de oito pesquisadores embarca nesta terça-feira (23) para a Ilha de Trindade, a cerca de 1.200 quilômetros da costa de Vitória. O grupo faz parte do projeto de pesquisa sobre a evolução da vida marinha e estudos da história natural da Universidade Federal do Espírito Santo. Eles embarcarão no veleiro Parati II, embarcação que pertence ao navegador Amyr Klink.
O objetivo da expedição será o estudo das linhas de montanhas submarinas, incluindo os montes de corais, e pesquisas sobre as espécies e populações de peixes da região. Um dos pesquisadores, o biólogo e pós-doutorando Hudson Tércio Pinheiro, afirma que a região de Ilha de Trindade é o maior laboratório de história natural do mundo. Na expedição, os pesquisadores utilizarão modernos equipamentos que permitirão estudos em ambientes subaquáticos a uma profundidade de até 150 metros.
A ilha de Trindade
A Ilha de Trindade, território mais a leste do Brasil, a 1,1 mil quilômetros da costa do Espírito Santo, é paraíso ecológico e ponto estratégico para a defesa nacional. Localizada na ponta de uma cadeia de montanhas vulcânicas, a porção de terra em alto-mar exige constante vigilância da Marinha, que, na área, mantém desde 1957 o Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade (Poit).
Localizada na ponta de uma cadeia de montanhas submersas, que se estende do Espírito Santo para leste, na direção do continente africano, Trindade tem cerca de 10 quilômetros quadrados e o pico mais alto da ilha alcança 600 metros acima da linha da água. No fundo do oceano, a uma profundidade de mais de 5 mil metros, a base da montanha se alarga para 32 quilômetros quadrados. Foto: Simone Marinho/commons.wikimedia.org.