Com duas mortes de macacos já confirmadas para o município da Serra – em Nova Almeida e Serra-Sede – a Prefeitura não recolheu o corpo de um animal encontrado morto na Área de Proteção Ambiental (APA) do Mestre Álvaro na terça-feira (28).
Os voluntários da ONG Associação Ambientalista Amigos do Mestre Álvaro localizaram o animal e avisaram à Secretaria Municipal de Saúde. Os agentes municipais estiveram no local nesta quarta-feira (1), mas não recolheram o corpo para análise, alegando impossibilidade de realizar os exames devido ao avançado estado de decomposição.
“Recebemos informações de que seria possível sim fazer as análises, a partir da cabeça do macaco, mas a Prefeitura simplesmente não recolheu o corpo”, indigna-se um dos membros da ONG, Junior Nass. “Vamos ficar na incerteza se é febre amarela ou não”, revolta-se.
Desde o último domingo (26), a Prefeitura decretou, por orientação do Ministério da Saúde e da Vigilância Sanitária, o fechamento das sedes das APAs do Mestre Álvaro e Lagoa Jacuném e do Jardim Botânico/Horto Municipal. O Parque da Cidade permanecerá aberto até nova avaliação, prevista, a princípio, para esta segunda-feira (27).
Em Vitória, onze parques já haviam sido fechados desde sábado (25). A medida foi tomada depois da confirmação de ter sido febre amarela a causa da morte de um macaco encontrado em janeiro na Ilha do Frade.
O Parque Nacional do Caparaó, onde pelo menos dois macacos foram mortos pela doença, reabriu para visitação nesse sábado (25), depois de 22 dias fechado, porém, com restrições. A visita será autorizada para pessoas que comprovarem a imunização do vírus da febre amarela, com no mínimo 10 dias de antecedência.
Desde o dia 27 de janeiro, quatro parques estaduais – Pedra Azul/Domingos Martins, Forno Grande e Mata das Flores/Castelo e Cachoeira da Fumaça/Alegre – também foram fechados à visitação pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).
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