Ninguém pode dizer que o Nantes não estava avisado. A decisão de contratar Raymond Domenech se mostrava equivocada desde o anúncio. Não havia muito sentido para os Canários apostarem num treinador que colecionou polêmicas ao longo da carreira, que vinha com o filme queimadíssimo desde a Copa de 2010 e que não tinha dirigido uma equipe sequer na última década. A aventura que durou pouquíssimo. Oito partidas bastaram para que os auriverdes demitissem o comandante de 69 anos. Perdeu quatro compromissos e empatou outros quatro, numa tremenda perda de tempo a um clube que luta contra o descenso.
A torcida do Nantes logo se mostrou contrária à chegada de Domenech. Assim que o treinador foi oficializado pelos Canários, os torcedores realizaram seu protesto. No primeiro treinamento comandado pelo veterano, os ultras tocaram músicas de circo do lado de fora do CT, para todo mundo ouvir. “Raymond Domenech nos explicará sua visão de futebol, o que nos fará rir nas próximas semanas”, ironizavam através de um megafone, com uma série de piadas sobre a escolha e a realidade do clube. Uma situação constrangedora, que mostrava o tamanho do descrédito em relação ao ex-técnico da seleção.