Sócia da Samarco junto com a empresa inglesa BHP, a Vale teve lucro gigantesco de 121 bilhões em 2021, mas não paga aos produtores rurais prejudicados pela maior tragédia do meio ambiente mundial, quando o Rio Doce, com minerais e lixo nocivos à saúde humana, invadiu as terras produtivas em suas margens, causando sofrimento e prejuízos incalculáveis à agricultura.
Prejuízo este, que passados seis anos, ainda não foi ressarcido aos prejudicados um centavo se quer, fato este devidamente comprovado e que nem mesmo a Justiça consegue resolver. A Vale teve este lucro excessivamente alto, mas não paga o prejuízo dado, dando calote a quem mais precisa de ajuda.
MAUS PAGADORES – Vale, Samarco, BHP e a Fundação Renova, podem ser incluídos numa lista de caloteiros, que dão prejuízos, cometem crimes, sem que sejam punidos com o rigor da lei. Fora o fato de que cometeram crimes ao meio ambiente, lesaram cidadãos, zombaram do povo. CHEGA, BASTA DE IMPUNIDADE. A LEI TEM QUE SER APLICADA TAMBÉM AOS PODEROSOS.
Vale tem maior lucro da história do Brasil, de R$ 121 bilhões
Foto Washington Alves / Reuters
Na quinta-feira (24), a mineradora Vale disse que registrou lucro líquido recorde de R$ 121,2 bilhões em 2021, representando uma alta de 354% na comparação com o resultado de 2020 (R$ 26,7 bilhões). É o maior lucro de uma empresa aberta no país, passando os R$ 106,6 bilhões anunciados pela Petrobras.
Segundo a Vale, o desempenho do ano passado foi impulsionado pelo aumento de 46,5% no preço de referência do minério com 62% de teor de ferro e por maiores vendas durante o ano, que teve cotações recordes no mercado internacional.
Propaganda
Diante dos resultados, a mineradora concedeu nesta quarta a distribuição de R$ 18,5 bilhões em dividendos aos acionistas, o equivalente a R$ 3,7018 por ação. O pagamento será realizado em 16 de março.
O efeito positivo, contudo, foi parcialmente compensado por maiores despesas relacionadas ao rompimento de barragem em Brumadinho (MG). A empresa também fez uma provisão adicional relacionada à Fundação Renova, responsável por gerir as reparações do rompimento de barragem em Mariana (MG), em 2015.
Em comunicado à imprensa, o presidente da mineradora, Eduardo Bartolomeo, ressaltou avanços na recuperação da capacidade produtiva, impactada pelos desastres.
“Estamos também recuperando nossa capacidade de produção em minério de ferro e metais básicos, estabelecendo as fundações para criar e distribuir valor de forma consistente”, afirma o executivo, no relatório financeiro.