LINHARES – No final da manhã do último sábado, dia 30, a régua do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Linhares, instalada no cais do porto, no centro da cidade, apontava apenas 22 centímetros acima do nível mínimo, registro considerado o menor, desde o início do ano.
“Baseado na régua, é o mais baixo, desde janeiro. Se não chover nas cabeceiras, vai diminuir ainda mais. As chuvas aqui no Espírito Santo são insuficientes para mudar esse panorama”, comentou o responsável pela Defesa Civil Municipal, Antônio Carlos dos Santos.
Ele ressaltou ainda que Linhares não corre risco de racionamento de água. “A captação do goto, (Saae), de, LinharesSaae é feita no Rio Pequeno que continua com uma barragem, desde a chegada dos rejeitos de minério da Samarco. Ainda temos um segundo ponto de captação, na Lagoa Nova”, disse o coordenador da Defesa Civil.
Entretanto, o Rio Doce, o maior manancial do Estado, é um dos principais meios de irrigação das lavouras do município, e a situação de estiagem já preocupa o setor agrícola. “Estamos orientando os produtores rurais no sentido de irrigações de menor gasto de água e melhores tecnologias de trabalho. A chuva veio dando boa média até o mês de agosto, mas caiu substancialmente. A faixa litorânea foi beneficiada, mas o interior do estado não recebeu essas chuvas. Isso impactou no nível do rio e na agricultura da região”, avaliou o diretor técnico do Incaper, Mauro Rossoni Júnior.
Rossoni confirmou que a situação é preocupante e aguarda que a precipitação pluviométrica esperada a partir de outubro, venha recompor o volume de água do Rio Doce.