Estado – Neste primeiro semestre, os municípios capixabas que mais ofereceram novas oportunidades de emprego foram Serra (2.378), Linhares (1.713) e Aracruz (1.081). Em contrapartida, Guarapari permanece como município com maior saldo negativo, de 815, seguido por Cachoeiro de Itapemirim (-303) e Vila Velha (-163).
O Espírito Santo se manteve na 9ª colocação dos Estados que mais geraram emprego no país, quando analisado o acumulado do semestre (janeiro a junho de 2018). Nesse período foram gerados mais de 13.521 postos formais, com a admissão de 171.097 trabalhadores e a demissão de 157.576 funcionários.
O setor industrial teve grande contribuição na criação desses postos de trabalho, com mais 4.567 novas vagas, e foi o que melhor remunerou seus novos funcionários, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) analisados pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies).
Com 2.804 novas vagas, o setor de transformação foi o que mais impulsionou empregos formais entre as indústrias, tendo os melhores resultados nos subsetores da metalurgia (766), da mecânica (755), da química (590) e de alimentos (557). O setor de construção civil acumulou a geração de 1.667 postos formais neste período.
Devido ao período da colheita do café, o setor agropecuário liderou a geração de empregos no estado, com 6.798 postos no primeiro semestre do ano, com pico de contratações no mês de maio, com 5.404 postos formais. Em seguida, encontra-se o setor de serviços, gerando 5.401 empregos no mesmo período. Já o de comércio, é o único grande setor de atividade que acumula saldo negativo em 3.284 empregos celetistas no ano de 2018.
Salários
O setor industrial foi o que ofereceu melhores salários para seus novos contratados neste primeiro semestre. A média salarial paga pela Indústria Extrativa foi de R$1.625,00, seguido pela construção civil, com pagamentos médios de R$ 1.577,00 e pela indústria da transformação, com R$ 1.572,00, enquanto a média salarial no Espírito Santo foi de R$ 1.351,00.
No mês de junho, houve um aumento de 2,2% no salário médio dos admitidos no Espírito Santo, girando em torno de R$1.302,43, em comparação ao mês de maio.
Impactos da greve dos caminhoneiros
O mês de junho foi o primeiro, em 2018, a registrar um saldo negativo de postos formais de trabalho tanto para o Estado quanto para o país, quando analisado o primeiro semestre: enquanto admitiu-se 26.603 trabalhadores, demitiu-se 28.165 funcionários, gerando um déficit de 1.562 postos formais. No país, na mesma base de comparação, este saldo foi negativo em 661 postos formais de trabalho. Segundo a análise do Ideies, estes resultados são reflexo da paralisação dos caminhoneiros no final do mês de maio, que pode ter adiado a decisão de contratação de profissionais em diversos setores produtivos.