O acusado Marcos Rogério segue em liberdade. Em sua defesa, alegou que o tiro foi acidental, após o casal usar a arma como um fetiche
Linhares – Está marcado o julgamento do universitário Marcos Rogério Amorim dos Santos Júnior, principal suspeito da morte da jovem Arielle Martins Pardinho. A data será o dia 6 de dezembro deste ano, quando ele irá a júri pelo crime ocorrido em 3 de setembro de 2012.
Marcos teria assassinado Arielle, sua então namorada, com um tiro na boca quando os dois praticavam sexo. Arielle foi morta no apartamento da família de Marcos Rogério, no Centro de Linhares. Na época, o acusado disse em depoimento que o casal fazia brincadeiras sexuais quando o revólver disparou acidentalmente, atingindo a boca da jovem. Ela morreu no local do crime. Na ocasião, tanto Arielle quanto o então namorado tinham 21 anos.
A sessão do Tribunal do Júri da Comarca de Linhares vai acontecer às 9 horas, no Fórum Desembargador Mendes Wanderley, localizado no bairro Três Barras, segundo o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES). Marcos Rogério segue em liberdade, aguardando o julgamento. Em sua defesa, ele alegou que o tiro foi acidental, após o casal usar a arma como um fetiche durante o sexo.
Em seu perfil nas redes sociais, a mãe de Arielle, Neuci Gomes Martins, postou um pedido para que as pessoas participem do julgamento. “O apoio moral de todos é muito importante para uma mãe como eu, que espera por Justiça há cinco anos”, escreveu.
Neuci afirmou ainda que todos devem lutar juntos contra a violência que atinge as mulheres. “Sabemos que existem homens que são verdadeiros e respeitam as mulheres, porém existe uma parte que infelizmente acha que a mulher merece apanhar e até mesmo morrer de forma brutal e sem piedade. Há cinco anos eu perdi minha filha devido a isso e não desejo que mais mães passem por isso que estou vivendo”, ressaltou.
Os fatos
Na época, Marcos foi liberado após depoimento ao delegado responsável pelo caso, Fabrício Lucindo, que informou na ocasião que o universitário se apresentou por livre e espontânea vontade e não se configurou flagrante.
Já o pai do acusado, o policial rodoviário federal aposentado Marcos Rogério Amorim dos Santos, teria dado fuga ao filho, mas, em depoimento, negou o fato. Porém, marcas de sangue no carro dele desmentiram a versão do aposentado. Em novo testemunho, ele voltou atrás e confirmou as suspeitas da perícia. Foto: Gustavo Pereira e Arquivo pessoal.