Governador sancionou lei que prevê leilões ao longo do ano que vem. Valor não foi informado. Um dos item que vai a leilão é um terreno no Jardim Laguna em Linhares
Estado – Diante dos desafios econômicos e incertezas da retomada do crescimento do país, o governo do Estado decidiu leiloar 56 imóveis, entre apartamentos, salas comerciais e terrenos públicos localizados na Grande Vitória, Cachoeiro, Muqui, Linhares, Muniz Freire, Boa Esperança, São Domingos do Norte, Kennedy, Ponto Belo e Bom Jesus do Itabapoana, no Rio de Janeiro. No caso do imóvel linharense, um terreno de 900.000m2 está localizado no Jardim Laguna.
A ideia é utilizar o dinheiro arrecadado para investimentos. O Palácio Anchieta, porém, não deu detalhes em que eles seriam empregados e também alega não ter uma estimativa de quanto poderá acrescentar aos cofres do Espírito Santo.
“O dinheiro arrecadado vai para um caixa único e será usado em projetos do governo na área de Educação, Saúde e outros”, citou a gerente de patrimônio estadual da Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger), Maria Stela Pinotti.
Conforme explicou a gerente, a alienação (transferência) dos imóveis será feita através de leilões realizados em 2018 – um deles previsto para o primeiro semestre.
“Devido ao grau de complexidade em vender imóveis, o que requer visitações, há de se defini-los em quantitativos menores para distribuir em leilões pelo ano. Não dá para trabalhar com 56 deles em um só leilão”, diz Stela.
Lotes a Leilão
Segundo a gerente, provavelmente estarão no primeiro leilão os imóveis localizados na Região Metropolitana, em 8 endereços de Vitória, 2 de Vila Velha, 1 de Guarapari, 1 de Cariacica e 1 da Serra. Maria Stela explica que após indicados os imóveis que participarão dessa primeira rodada de lances, uma comissão será formada para avaliar os valores dos mesmos.
“Os valores não poderiam ser dados antes, porque demandaria custo de viagens, diárias e a avaliação ficaria desatualizada, depois teria que fazer de novo, não seria produtivo fazer a avaliação antes da lei”, disse ela se referindo a publicação de ontem da lei sancionada pelo governador Paulo Hartung (PMDB) permitindo a alienação dos imóveis estaduais.
A justificativa dada pelo governo do Estado para a realização das vendas foi o desuso das propriedades, muitas delas adquiridas por meio de execução fiscal. Além da arrecadação e a desoneração com a manutenção e conservação delas.
“Os imóveis que o governo pretende alienar são os que estão em desuso pela administração pública, onerando com guarda, conservação, e que acabam se deteriorando, e sem destinação definida de ocupação do Estado. O objetivo então é arrecadar e desonerar os cofres públicos”, ressaltou Maria Stela, que também não soube informar quanto o Estado irá economizar com as vendas. Imagem ilustrativa.