O ex-soldado Frank Silva Grazziotti também foi absolvido pela Justiça. O processo foi arquivado definitivamente
O ex-comandante-geral da Polícia Militar do Espírito Santo, coronel Ronalt Willian de Oliveira, foi acusado de praticar comércio ilegal de munições, entre janeiro e fevereiro de 2008
O coronel e ex-comandante-geral da Polícia Militar, Ronalt Willian, denunciado no ano passado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) por suspeita de venda ilegal de munições, foi absolvido e teve o processo arquivado definitivamente. Além de Ronalt, o ex-soldado Frank Silva Grazziotti, que também foi incluído na denúncia, foi inocentado pela Justiça. A decisão é da juíza da 3ª Vara Criminal de Cariacica, Elza Maria de Oliveira Ximenes.
De acordo com o inquérito policial, concluído em 2013, o coronel e o soldado “comercializavam ilegalmente munições, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar”. O Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas (Nuroc) flagrou, através de uma escuta telefônica autorizada pela Justiça, uma suposta negociação entre os dois.
A gravação, que feita no dia 15 de fevereiro de 2008, mostrava o ex-comandante da PM, Ronalt Willian, perguntando ao soldado Frank Silva Grazziotti se ele tinha munições calibre 22 para vender. “Recebendo resposta positiva, comunicou que teria um comprador”, segundo a denúncia. Em seguida, Frank teria informado que tinha uma quantia de dinheiro para entregar ao Ronalt e que havia procurado o coronel duas vezes.
Na ocasião, procurado pela reportagem, o coronel e ex-comandante da PM, Ronalt Willian, afirmou que as munições em questão eram de uso pessoal e não da Polícia Militar. Ele afirmou ainda que as cápsulas eram velhas e só serviriam para treinamento de tiro de policiais. “O meu motorista me indicou o soldado Frank e passou as munições para ele, a meu pedido, pois o soldado teria amigos PMs interessados em comprar. Não lembro quanto cobrei, mas era um valor baixo e simbólico, já que as munições eram velhas e só serviriam para treinamentos, não para confrontos”. Com informações de A Gazeta.