“A indústria capixaba teve um importante papel na geração de riquezas no Espírito Santo em 2021. Ela é o segundo maior setor da economia estadual e corresponde por 22% do PIB do Estado. O resultado positivo que tivemos no ano passado representa todo o esforço e dedicação do segmento para superar os desafios que chegaram com o Coronavírus”, frisou a presidente da Findes, Cris Samorini.
Ela lembra que 2021 foi caracterizado pela reabertura e retomada das atividades econômicas no Estado, no país e no mundo, após as restrições provocadas pelo primeiro ano de pandemia.
“A evolução da pandemia em 2021 ocorreu no início da vacinação contra a Covid-19, seguido pelo aumento de casos e ocupações de leitos de UTI no Brasil e no Espírito Santo, entre meados de março e abril, mas com uma significativa mudança a partir de então. Com o avanço da imunização da população e a melhora no quadro epidemiológico, que teve início no final do segundo trimestre do ano passado, o Estado e o país passaram a flexibilizar as medidas restritivas contra a doença, viabilizando a retomada mais segura das atividades, sobretudo aquelas que requerem maior interação física, como o setor de serviços”.
A gerente-executiva do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies) e economista-chefe da Findes, Marília Silva, explicou que alguns desafios econômicos se impuseram durante o ano, como o descompasso entre as cadeias globais de suprimentos, o surgimento de novas variantes; tal como a Ômicron, o aumento global dos preços; puxado pela crise mundial energética e aumento dos preços das commodities e, em especial no contexto local, a crise hídrica e a redução do poder de compra das famílias brasileiras.
Economia capixaba ultrapassa nível pré-pandemia
Marília Silva ressaltou também que, mesmo que a base de comparação tenha sido deprimida, uma vez que a economia capixaba recuou 4,5% em 2020, muitas atividades conseguiram reverter o quadro de perdas em 2021 e, ao final do ano, posicionaram-se acima do nível pré-pandemia; quarto trimestre de 2019.
Dessa forma, a atividade econômica do Espírito Santo, no quarto trimestre de 2021, ficou 5,4% acima do registrado dois anos antes. Na mesma base comparativa, o crescimento registrado no país foi de apenas 0,5%.
Os setores que se destacaram, nesse contexto, foram o da Indústria de transformação (16,3%), construção (12,6%) e comércio (18,6%), que superaram o nível do quarto trimestre de 2019.
“Especificamente sobre a Indústria de transformação, todas as atividades pesquisadas registraram avanços em 2021, motivadas pela retomada de demanda interna e externa ao Estado. O destaque ficou por conta das atividades de celulose e papel e de fabricação de produtos alimentícios que, além de crescerem 13,9% e 5,6%, respectivamente, em 2021, também cresceram em 2020; 21,5% e 2,8%, nesta ordem, ano em que a maioria das atividades econômicas apresentou resultado negativo”, explicou a economista-chefe da Findes.
Por sua vez, as duas atividades que compõem o setor da indústria extrativa capixaba apresentaram queda, sendo a mais expressiva do setor de petróleo e gás (19,3%), que acumula seis anos consecutivos de retração. A pelotização e outras atividades contraíram 10,7% e totalizaram o terceiro recuo anual.

Crescimento trimestral
No último trimestre de 2021, a atividade econômica do Espírito Santo ficou relativamente estável em relação ao terceiro trimestre de 2021, com uma pequena variação de 0,2%. Os avanços nos serviços (1,5%) e na agropecuária (7,1%) contrabalancearam a queda de 4,8% na Indústria, nessa base de comparação.
Já no comparativo com o mesmo período do ano anterior, o crescimento da atividade econômica capixaba do quarto trimestre de 2021 foi maior, chegando a 4,1%. O destaque ficou para o setor de serviços, que cresceu 7,7%. Por sua vez, a Indústria e a agropecuária contraíram 4,8% e 2%, respectivamente.
Diferentemente do segundo e do terceiro trimestre, em que a análise comparativa se dava em cima de bases contraídas, no quarto trimestre de 2021 a comparação ocorre frente a um período de recuperação, uma vez que o quarto trimestre de 2020 foi caracterizado pela retomada de muitas atividades econômicas.
O Indicador de Atividade Econômica do Espírito Santo, desenvolvido pela Findes, é uma estimativa trimestral, com abertura setorial, da evolução do PIB capixaba. O IAE busca reproduzir os cálculos sobre a atividade econômica do Estado a partir das metodologias do IBGE para o PIB oficial do Estado.
O indicador permite mensurar a atividade econômica capixaba trimestralmente, enquanto ainda não estão disponíveis as informações anuais do Sistema de Contas Regionais (SCR) do IBGE, que apresentam defasagem de dois anos.
Carlos Rafael, presidente da Junta comercial do Estado do Espiírto Santo (JCES): “Terminando a semana com essa lembrança maravilhosa. Ver o nosso estado querido como destaque nacional pelo crescimento econômico é bom demais!
“É muito gratificante saber que fiz parte dessa conquista com meu trabalho como Presidente da Junta Comercial do ES e pude ajudar nosso governador Casagrande a atingir esse resultado incrível.”, disse Carlos Rafael.