Estado – A Statkraft, estatal norueguesa de geração de energia elétrica, prevê triplicar de tamanho no Brasil nos próximos anos. A companhia, uma espécie de “Eletrobras da Noruega”, concluiu em novembro a aquisição de oito pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) do grupo português EDP no Espírito Santo e detém agora 450 megawatts (MW) de capacidade instalada operacional no país. A empresa enxerga boas perspectivas de crescimento no Brasil a partir do próximo governo e das mudanças em curso no setor elétrico.
A EDP informa que a venda dos ativos de Geração (PCHs) localizados no Espírito Santo não tem nenhum efeito sobre os negócios da EDP ES, empresa de Distribuição do Grupo, ou sobre o relacionamento da Distribuidora com seus clientes. A transação faz parte do plano de reciclagem de capital pela iniciado EDP em 2016.
No fim de novembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovaram a transferência do controle societário detido pela EDP nas oito PCHs no Espírito Santo, totalizando 132 MW, para a Statkraft Energias Renováveis SA (Sker). O valor do negócio foi de R$ 704 milhões, incluindo uma dívida líquida estimada em R$ 113 milhões.
A Sker é o braço de investimentos do grupo norueguês no Brasil. A empresa surgiu da antiga Desenvix, braço de energias renováveis da empresa de engenharia Engevix. Em 2011, a Statkraft adquiriu 40,65% de participação na empresa. Em 2015, a norueguesa fez novo aporte e passou a deter 81,31% de participação na empresa, que passou a ter o nome atual. Os restantes 18,69% pertencem à Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal.
Em âmbito global, a geradora norueguesa possui mais de 20 mil MW instalados, sendo mais de 99% a partir de fontes renováveis. A companhia tem faturamento global de 23,3 bilhões de coroas norueguesas, o equivalente a cerca de R$ 10,7 bilhões. Fonte: Valor.
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