O motorista é um representante comercial que foi surpreendido com a perda de quatro pontos na carteira de habilitação por causa de uma multa transferida a ele
Thiago Silverio Rosa que é representante comercial, foi surpreendido com a perda de quatro pontos na carteira de habilitação, por causa de uma multa transferida a ele, no ano de 2015. O motorista soube do ocorrido pelo site do Detran do Espírito Santo e acredita ter sido vítima de uma fraude por parte de uma revendedora de veículos onde havia pedido um financiamento.
“Eu procurei saber junto ao Detran o que tinha acontecido, por que tinha sido feita essa transferência para mim. O Detran falou que essa multa foi tomada em Vila Velha, que eu tinha que procurar o órgão, que seria a Prefeitura de Vila Velha”, contou ele.
Para Thiago, é fácil identificar as diferenças nas assinaturas da carteira de habilitação dele e no documento de transferência de pontuação. Por isso, garante que a assinatura é falsa.
“Para minha surpresa, quando eu peguei esse processo, tinha a cópia da minha CNH, com um canhoto feito uma transferência de quatro pontos para a minha carteira, com a minha assinatura. Mas minha assinatura não batia com a cópia da minha CNH. Foi feita uma falsificação”, disse o representante comercial.
Ao fazer uma pesquisa no site do Detran, o representante comercial descobriu que o carro multado era de uma revendedora de veículos onde ele tinha pedido um financiamento, no mesmo ano da multa. Ele acredita que os dados fornecidos para a empresa foram usados por alguém de forma fraudulenta.
Thiago procurou uma delegacia e fez um boletim de ocorrência, mas acha que tudo isso poderia ser evitado se o processo na prefeitura e no Detran fosse mais criterioso. “É nítido que minha assinatura está falsificada. Simplesmente, eles aceitam uma cópia simples. Se eu perder meu documento, não fizer nenhum boletim de ocorrência e alguém achar na rua, vai lá, faz uma transferência para minha CHN e quem vai sair prejudicado sou eu”, falou.
Para o diretor de Habilitação e Veículos do Detran, José Eduardo Oliveira, há, sim, critérios de segurança, mas ele admite que pode ter havido uma falha no protocolo do pedido de transferência “Nós vamos, sim, abrir processo administrativo, verificar e corrigir se houve algum erro por parte do órgão”, explicou.
José Eduardo disse que, por ser de 2015, a pontuação da multa não pode mais ser somada para a suspensão da CNH de Thiago. Mesmo assim, ele pode recorrer. “Se o condutor se sentir lesado, prejudicado, ele deve formalizar isso junto ao Detran, apresentar a situação e o Detran vai rever seus atos”, falou o diretor.
Já Thiago reclama do fato de precisar provar inocência, mesmo tendo sido vítima. “Eu que tenho que provar para a Prefeitura de Vila Velha e para o Detran que eu que estou certo”, declarou. Foto e informações: TV Gazeta.