O que se vê pelas ruas em sua maioria são adeptos da engenharia “meia boca”, com rampas que priorizam os proprietários de veículos e nunca o portador de deficiência.
Linhares – Quem é portador de deficiência física e percorre as ruas centrais de Linhares, encontra uma série de obstáculos que deixam indignados todos os que convivem com o problema em especial com relação às calçadas. Cadeirantes, principalmente, são os que mais sofrem.
Percorrendo trechos que deveriam oferecer segurança, mas que na verdade são verdadeiras armadilhas que humilham e deixam sem esperanças as pessoas que necessitam transitar por essas vias, são poucas as calçadas que se adequam às necessidades de uma quantidade expressiva de portadores de deficiências.
Houve uma época em que as discussões sobre acessibilidade ganharam força. Alguns anos que uma estrutura alojada nas dependências do Hospital Geral de Linhares – HGL, chama a atenção de quem passa. A obra que serviria para agilizar os procedimentos para atendimento de pacientes, virou motivo de piada e considera pista de obstáculos, tamanha a sua complexidade para transpor suas rampas.
Sabendo que a Prefeitura Municipal, deve através de órgão competente, no caso a Secretaria de Obras, Secretaria de Serviços Urbanos e Secretaria da Fazenda, notificar proprietários que estejam com estas calçadas sem condições de trafegabilidade, seria o primeiro passo, e, na sequência, após prazo não superior a 10 dias, o responsável em caso de não solucionar o problema acataria decisão das secretarias citadas que executariam os reparos e efetuaria cobrança, inserindo, em caso da falta de pagamento pelo serviço realizado, em dívida ativa.
Quem visita a cidade, notar que as calçadas ainda exibem pontos deteriorados, árvores que impedem o deficiente de se locomover com segurança, postes mal alocados, tambores e caçambas que coletam lixo e entulhos, entradas e saídas de veículos, falta de rampas para acesso às calçadas, principalmente nas proximidades de estabelecimentos que prestam serviço público.
Em vários locais os comerciantes e proprietários de estabelecimentos comerciais e residenciais investiram na chamada calçada cidadã, o descaso impera em muitos outros pontos, como pudemos constatar nas imagens feitas nos mais diferentes pontos do centro da cidade de Linhares. No perímetro urbano central está assim e o mesmo é verificado nas ruas dos bairros na periferia, onde nota-se o absurdo de uma engenharia “meia boca”, com rampas que priorizam os proprietários de veículos e nunca o portador de deficiência.