A professora Dulcinéia Leão Coutinho, de 36 anos, teve a perna esquerda amputada após ser atropelada- Arte/foto DN
Linhares – Está em liberdade provisória, o homem que atropelou uma professora no bairro Interlagos, em Linhares, no dia 23 de outubro do ano passado. Ele conseguiu o benefício na segunda-feira (31). César Amauri Ferri, o Cezinha é acusado de ter atropelado Dulcinéia Leão Coutinho por volta das 4h30 de um domingo, na avenida Quintino Bocaiuva, quando passava pelo local em alta velocidade. Ele não prestou socorro as vítimas.
Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES), o juiz da 1ª Vara Criminal de Linhares, Daniel Barrione, decidiu que César será julgado por júri popular, pelo crime de tentativa de homicídio. De acordo com a decisão do magistrado, o acusado tem residência fixa, trabalho lícito e não teve nenhuma conduta para obstruir a instrução criminal, então decidiu pela concessão de liberdade provisória, até o julgamento. Ainda cabe recurso da Sentença de Pronúncia. Ou seja, o acusado pode recorrer ao TJ-ES contra a decisão do juiz em pronunciá-lo para ir a júri popular.
O advogado de defesa do acusado, Júnior Mendonça, explicou que assumiu o caso de César neste ano e entrou com pedido no processo para desqualificar o crime de tentativa de homicídio para lesão corporal grave. O caso ganhou ampla repercussão em Linhares. A professora saía de um bar, acompanhada de um amigo no dia 23 de outubro de 2016, quando o caminhão conduzido por César entrou num cruzamento em alta velocidade e atingiu os dois. Ambos sofreram vários ferimentos. Depois de vários dias de internação, Dulcinéia deixou o hospital, mas perdeu uma das pernas. Um amigo dela, Geones Correa, de 27 anos, também foi atingido.
O motorista da caminhonete, César Amauri Ferri, 28 anos, havia fugido sem prestar socorro. Ele foi preso dois dias após o atropelamento e confessou o crime. Em depoimento à Polícia Civil, ele disse que conduzia o veículo em alta velocidade e que os freios da caminhonete estavam danificados.