Agnelo Neto
Um fato que não pode passar despercebido pelo Espírito Santo: a ameaça e intimidação sofrida pelo deputado estadual Lucas Polese, do PL. Foi no último dia 18, quando visitou o acampamento dos invasores do MST nas terras da Suzano Celulose, em Aracruz.
Exaltados, homens armados de facão o receberam com hostilidade exigindo que saísse da área. O deputado tentou se comunicar, explicou que estava exercendo seu papel como deputado. Não adiantou. Polese divulgou o fato pelas suas redes sociais e fez um discurso indignado da tribuna da Assembleia Legislativa. Alertou as autoridades para esta ação que pode se repetir, tendo como base o “terrorismo do bem”, instituído pela esquerda e apoiado pelo atual governo federal.
Resultado: não se tem notícia de uma reação qualquer, da imprensa, de nenhum órgão e instituição, nem do governo, nem do próprio Poder Legislativo – que parece não ter se sentido desrespeitado através de um de seus 30 deputados. A omissão pode encorajar novos atos atentatórios não apenas contra o Poder, mas contra outras instituições também.
Lucas Polese é o mais jovem deputado estadual capixaba. Tem 26 anos e se elegeu com mais de 29.490 votos no ano passado – um dos mais votados. Assume, nos últimos anos, a defesa da pauta conservadora de direita, identifica-se como bolsonarista, a favor da família – dentre outros valores. Disso tudo, salta aos olhos algo detestável aos olhos da sociedade: a imprensa capixaba ignora qualquer realidade que não agrade ao governador Renato Casagrande-PSB, notório apoiador do presidente Lula. Essa tentativa de massacre das pessoas de direita não pode continuar, pois é um retrocesso para os capixabas.
Na legislatura passada, por influência do governador, outro deputado conservador amargou o isolamento e pagou caro por ter sido colocado como adversário de Casagrande: o comunicador Torino Marques. Apesar de seus 35 anos como profissional da imprensa capixaba, foi estranhamente ignorado pelos veículos.