Segundo o Boletim da Conjuntura Agropecuária Capixaba, houve aumento na produção de tomate, repolho e inhame
Estado – Como está a produção agropecuária capixaba diante da situação de seca extrema vivenciada pelo Espírito Santo nos últimos anos? Este panorama é apresentado no Boletim da Conjuntura Agropecuária Capixaba, elaborado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), segundo Edileuza Aparecida Vital Galeano, pesquisadora do Incaper responsável pelo boletim.
O documento traz, de maneira sistematizada, as principais informações referentes à evolução da produção e dos mercados. Os dados são fundamentais para a elaboração de políticas públicas por parte dos órgãos governamentais, e contribuem para auxiliar os produtores de base familiar do Estado a tomarem decisões com relação à atividade que desenvolvem.
Desempenho das atividades 2017
A produção da agricultura capixaba em 2017 foi de 5,18 milhões de toneladas. “Esse resultado é 6,6% menor na comparação com o ano de 2016, que foi um ano considerado ruim para a agricultura capixaba devido, principalmente, às adversidades climáticas. Houve redução de 1,3% no rendimento médio e queda de 5,4% na área colhida entre 2016 e 2017”, acrescentou Edileuza.
Ainda assim, a fruticultura apresentou aumento de 22,8% na produção, com destaque para coco, banana, morango e mamão. Entre as olerícolas, registrou-se aumento principalmente na produção de tomate, repolho e inhame. O grande destaque foi a produção de pimenta-do-reino: alta de 194,6% em comparação a 2016, com aumento de 43,1% na área colhida.
Na produção animal, registrou-se aumento na produção de carne de porco (15,3%) e de ovos (8,5%). Em contrapartida, houve queda na produção de leite (3,3%) e de carne bovina (7,4%).
Exportações
Mesmo com a queda na produção agropecuária, o Espírito Santo registrou aumento na quantidade (em toneladas) de produtos exportados ao longo do ano de 2017: um acréscimo de 5,2% se comparado ao ano anterior. Em valores, as exportações do agronegócio passaram de US$ 1,38 bilhão em 2016 para US$ 1,57 bilhão em 2017.
Como é feito o levantamento?
O Boletim é estruturado de acordo com análise da conjuntura agropecuária capixaba, a partir dos levantamentos estatísticos, acompanhados de tabelas, gráficos e distribuição espacial da produção, com base nos dados discutidos e aprovados pelo Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias – GCEA do Espírito Santo, órgão colegiado coordenado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. As informações são obtidas por intermédio das Comissões Regionais de Estatísticas Agropecuárias – Corea e consolidadas em nível estadual pelo Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias – GCEA/ES. É importante destacar que as informações agrícolas mensais por município obtidas são preliminares e de responsabilidade do GCEA/ES.