O uso dos polvos começou em 2013, na Dinamarca, e ajuda no desenvolvimento dos bebês internados em UTI Neonatal
Depois de ver uma reportagem que mostrava o uso de polvos de crochê em Unidades de Terapia Intensiva (Utins), uma artesã de Linhares, no Norte do Espírito Santo, também decidiu ajudar bebês prematuros. Com a habilidade de quem faz crochê há 41 anos, Ivolena Bezerra dedica parte do dia à confecção dos bichinhos.
“Quando eu vi uma matéria que foi originada da Dinamarca e vi os efeitos que o polvo faz nos bebês prematuros, eu falei que tinha que fazer alguma coisa para ajudar. A gente sempre ajuda alguém, independente de quem seja, onde for. Pedi para as pessoas me doarem barbante 100% algodão. Tem que ser 100% algodão. E comecei a fazer os polvos. Comecei a receber algumas doações já”.
A ideia inicial da artesã é fazer 60 polvos. Vinte deles serão doados ao Hospital Maternidade São José, em Colatina. “A princípio, eu queria levar para Colatina e Vitória. Entrei em contato com a assistência social em Colatina e já acertei. Quando eu produzir, vou levar lá”.
Os demais ela quer doar para o Hospital Infantil, em Vitória, e o Hospital Rio Doce, em Linhares, quando a Utin for reaberta. “Fiquei feliz com a notícia de que a Utin daqui vai reabrir, graças a Deus. Então, vou entrar em contato com a assistência social também e vou ver quantos leitos tem para doar. E também para Vitória, para o Hospital Infantil. Da outra vez, eu doei gorros para lá também”.
No ano passado, Ivolena confeccionou gorros e doou para as crianças com câncer da associação capixaba contra o câncer infantil. “Já me perguntaram se eu não ia doar gorro esse ano. Só falta receber doação de lã e vou produzir e doar também. Tendo doação, vou produzir. Gorro, polvo, o que for. Sendo para ajudar alguém, pode contar comigo. E eu preciso da doação das pessoas”.
As pessoas e empresas que quiserem doar o material para a confecção dos polvos e dos gorros podem ligar para a artesã. O telefone é o (27) 99833 5498.