Da Redação
Ainda que o clamor por justiça seja grande, e fato devidamente comprovado já tem seis anos, a Fundação Renova que chegou a pagar pequenas indenizações aos produtores rurais, ainda não honrou o compromisso de acertar também com os médios e grandes produtores, causando problemas de todos os gêneros àqueles que dependem do cultivo da terra para suas sobrevivências.
Terras que ficaram inférteis para o cultivo agrícola após a conhecida “tragédia de Mariana” e que trouxe também a perda das plantações, problemas que nem o sistema judicial brasileiro conseguiu dar um ponto final, devido a enorme capacidade de persuasão dessas grandes empresas envolvidas, que através de recursos judiciais empurram a solução para depois.
Enquanto isso o sofrimento do produtor rural, que sempre foi grande no Brasil, continua causando danos e sufocando aquele que produz o mais sublime da agricultura, que é a alimentação. Não é atoa que o Brasil é conhecido como celeiro agrícola do mundo, devido ao trabalho persistente dos nossos agricultores, que na maioria das vezes, não são prestigiados e valorizados pelo Poder Público.
E essas empresas usam de formas espúrias para enfrentar este problema. Pagam somente aos pequenos produtores; investem na construção de estradas públicas, coisa de competência do Estado e indenizam falsos pescadores, e assim tumultuam o processo correto que segue na justiça sem solução.
As empresas estão lesando os produtores capixabas, roubando, usurpando, sob a vista complacente das autoridades, entre elas, os políticos que governam este Estado, que de braços cruzados assistem este espetáculo deprimente, humilhante para qualquer ser humano.
Talvez agora com a aproximação das eleições, nossos políticos resolvam se posicionarem a respeito do assunto. Ou não. Muitos são financiados por estas empresas para defenderem interesses corporativos. E o povo? O povo que se dane.
O governador não pode tudo. Todos sabemos. Mas um governante que sentisse o problema de seu próximo e aplicasse a lei com garanta de seu direito era o que se esperava do sr. Renato Casagrande. Mas ele inebriado pelo poder voa o étereo. Casagrande possuidor de um grande espírito público, pecou pelo orgulho da vitória. O atual governador certamente humilhou-se perante Deus, agradecido pela sua vida política vitoriosa, mas exaltou-se perante aqueles que o fez vencedor. A resposta para esse questionamento pode estar no mês de outubro próximo. Vamos esperar…