O caso aconteceu dentro da Penitenciária de Viana. OAB pediu suspensão preventiva
Viana – Um advogado, identificado como Maycon Costa de Oliveira, foi preso em flagrante por suspeita de tentar passar 40 buchas de maconha a um detento, dentro do Complexo Penitenciário de Viana. Também foram presas duas mulheres: Makerlly Costa Santos, que seria companheira de trabalho do advogado, e Laysa Cristina Neves, apontada como esposa de um detento, ambos clientes de Maycon Costa de Oliveira.
Segundo a polícia civil, o advogado foi autuado por tráfico de drogas e associação ao tráfico. Makerlly e Laysa vão responder por associação ao tráfico. Os três foram encaminhados para um presídio, onde passarão por “audiência de custódia.
De acordo com a imprensa da capital, ficou apurado que Maycon Costa Oliveira aparece com situação regular no Cadastro Nacional de Advogados da OAB. Por nota, o órgão informou que pediu a suspensão preventiva do suspeito e também de Makerlly Costa Santos:
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Espírito Santo (OAB-ES) solicitou ao Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da entidade a suspensão preventiva dos dois advogados acusados de entrar com drogas no Centro de Detenção Provisória de Viana II. No ofício, encaminhado ao presidente do TED, George Ellis Kilinsky Abib, o presidente da OAB-ES, Homero Mafra, diz que “Os fatos têm natureza grave e trazem repercussão prejudicial à dignidade da advocacia”. O caso no presídio envolveu um advogado e uma advogada. Ele foi autuado em flagrante por tráfico e associação para o tráfico e ela foi autuada por associação para o tráfico. A Comissão de Prerrogativas da OAB-ES está acompanhando o caso. De acordo com o presidente da Comissão, Ricardo Pimentel, na tarde desta terça-feira (27), o diretor do CDP II, Bruno Brandão, entrou em contato com a OAB solicitando o comparecimento de um representante da Ordem ao presídio, porque havia indícios de que um advogado estava tentando passar drogas para um interno do sistema prisional.
“Pelo fato de ele ser advogado e estar no exercício da profissão, ele só poderia ser preso na presença de um representante da Ordem. Então, por conta disso, a Comissão de Prerrogativas encaminhou três advogados para o presídio para fazer esse acompanhamento. O advogado, junto com uma advogada que o acompanhava no presídio, foi conduzido para a delegacia, onde foram tomados vários depoimentos, e ao final o delegado plantonista decidiu lavrar um auto de prisão em flagrante em desfavor dos dois advogados. A acusação é de que eles estariam associados para levar 40 buchas de maconha para um preso do sistema prisional. Então nós fizemos esse acompanhamento e continuamos fazendo. Nós da Comissão de Prerrogativas comunicamos o fato ao presidente da Ordem, Homero Mafra, que encaminhou o caso para o Tribunal de Ética e Disciplina”, disse o Presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB-ES, Ricardo Pimentel.