Mais de 100 professores estão sendo processados por apresentarem documentos falsos
A Secretaria de Estado da Educação (Sedu) pode levar até 180 dias para concluir processos administrativos que investigam o uso de diplomas falsos, e esse prazo ainda pode ser prorrogado. No momento mais de 100 professores estão sendo processados por apresentarem diplomas falsos à rede pública estadual.
Na lista dos investigados está o premiado professor Wemerson da Silva Nogueira, 26. Contra ele pesa a acusação de ter apresentado um diploma falso, em nome da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), para processo seletivo de Designação Temporária (DT). O processo administrativo contra ele foi aberto em dezembro do ano passado.
Questionado, Wemerson afirma que realizou as provas presenciais do curso, no polo de Pancas, Noroeste do Estado, e fazia as atividades on-line no site da instituição. A Unimes, por sua vez, afirma que o diploma dele é falso e que não há registro de matrícula em nome dele na instituição.
Em 2015 e 2016, foram abertos 125 processos e 11 professores foram demitidos por usarem documentos falsos para serem admitidos na rede de ensino do Estado. Segundo a corregedoria da Secretaria de Estado de Educação (Sedu), os certificados fraudados são, em sua maioria, de instituições privadas de outros Estados e de pós-graduação lato sensu.
Na segunda-feira dia 15, a Sedu não informou quais são as penalidades para este tipo de crime, mas na matéria publicada na edição do último dia 8 de maio, a titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações (Defa) Rhaiana Bremenkamp deixou claro que quem for pego usando ou falsificando documentos públicos pode ficar até seis anos em reclusão e ter que pagar multa, de acordo com o Código Penal Brasileiro.