O deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM) e a mulher dele, a deputada federal Norma Ayub (DEM), estiveram em Governandor Lindemberg, na semana passada, para debater a questão da importação do café conilon do Vietnã, mas acabaram ouvindo outras demandas da região.
Uma que chamou a atenção dos parlamentares, foi o pleito do ex-deputado estadual Luiz Pereira, proprietário do Hospital e Maternidade Santa Rita, em São Gabriel da Palha. Ele disse as dificuldades de manter o estabelecimento e também, sobre perseguições políticas que estaria sofrendo pelos grupos rivais no município.
O hospital ficou seis anos fechado e foi reaberto em agosto do ano passado. No município há três grupos políticos, o de Luiz Pereira, o do ex-prefeito Henrique Vargas (PRP) e o da deputada estadual Raquel Lessa (SD). Na eleição passada, Pereira apoiou Vargas e a candidata Céia Ferreira, apoiada por Raquel Lessa ganhou a eleição.
Na unidade fechada, funciona 70 leitos, terá uma ala psiquiátrica e atende emergências, internações, cirurgias de alta complexidade e maternidade. O hospital foi fechado por suspeitas de irregularidades nos repasses de verbas da União e teve a diretoria denunciada pelo Ministério Público Federal no Estado (MPF-ES) por suposta prática de crime de estelionato contra o Sistema Único de Saúde (SUS).
Mas, o ex-deputado estadual e ex-prefeito de São Gabriel da Palha, Luiz Pereira do Nascimento, proprietário do estabelecimento, apontou, na época (2014), que as denúncias foram motivadas por uma perseguição política de grupos rivais na cidade.
Naquele período em que o Santa Rita esteve fechado, o atendimento no município ficou a cargo de apenas um hospital, o Fernando Serra, que teve a gestão entregue ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável de Ações Práticas e Procedimentos da Área de Saúde (Instituto Solidário), por meio de convênio firmado com a Fundação Hospitalar Social Rural de São Gabriel da Palha (mantenedora do hospital) durante a administração da ex-prefeita e atual deputada estadual, Raquel Lessa.
Ao ouvir os relatos de Pereira, Ferraço e Norma se comprometeram a acompanhar a situação do hospital e se empenharem na busca de ajuda financeira para que o a unidade permaneça de portas abertas no município. A audiência reuniu lideranças de cinco municípios da região.