A reportagem tentou falar com a Fundação Renova sobre o problema que deve atingir o Rio Doce mas não obteve sucesso
Linhares – Na manhã desta quinta-feira dia 30, no canal de escoamento das águas da região da lagoa Juparanã, para o Rio Pequeno e consequentemente para o Rio Doce, manchas provavelmente de algum tipo de combustível fóssil, foram vistas naquele local, que passa por intervenções. A contaminação da água é visivelmente após a barragem feita para conter a contaminação das águas do Rio Pequeno que serve para abastecimento da população de Linhares.
Apesar de estar fora da área de captação para posterior tratamento pelo SAAE, as manchas verificadas no local, mostram que a contaminação poderá atingir o Rio Doce, não sendo possível dimensionar o tamanho das consequências. O possível vazamento de combustível, provável óleo lubrificante de máquinas que ali operam, pode ter sido a causa. Ninguém no local quis falar sobre o assunto.
De acordo com o site da Fundação Renova, as medidas de prevenção foram definidas pela Fundação Renova, juntamente aos órgãos públicos e a Defesa Civil, e incluem obras para reduzir o nível da água e a realocação dos moradores que residem na margem esquerda do rio Pequeno.
Em contato com o telefone disponibilizado no site da Renova, o 0800 031 2303, a redação do DN obteve a informação de que não há contato com o escritório local, situado na avenida Augusto Pestana. Em contato com o escritório local, foi esclarecido que ali apenas são preenchidas requisições de atingidos pelo desastre ambiental de 05 e novembro de 2015.
Desde a abertura do canal entre o rio Pequeno e o rio Doce, em abril de 2018, o nível da lagoa Juparanã, em Linhares, vem baixando gradualmente, mas ainda está acima do normal. Com o período chuvoso a situação, aparentemente está sobre controle mas pode se agravar caso as chuvas persistam. Fotos: Beto Siqueira DN.
Rio Pequeno
Após publicação da denúncia de manchas de óleo nas águas do Rio Pequeno, e depois de contatar a Fundação Renova via 0800 e escritório local, a assessoria de comunicação da entidade entrou em contato com a redação do Diário de Notícias. De acordo com a assessora e jornalista Kênnya Gava, escritório em Vitória, a Renova tomou conhecimento da matéria logo ela ter sido inserida no site do redediario-es.com
Renova explica
A Fundação Renova esclarece que todas as atividades da obra de ampliação do canal na lagoa Juparanã são executadas atendendo os requisitos técnicos de meio ambiente. A mancha, que não está mais no local, é formada por óleos e graxas que a própria vegetação libera em sua decomposição, o que fica evidente em um ambiente de água parada. Segue foto registrada às 15h desta quinta-feira (30).