O Espírito Santo é responsável por 62,4% da área total cultivada no país
Economia – Em 2017 a produção capixaba de café conilon deverá ser de 5.915 mil sacas. A perspectiva representa acréscimo de 17,5% em relação a 2016. Os números foram levantados pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e entregues à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Apesar da estiagem, o bom desempenho do conilon capixaba deve-se, entre outros fatores, às ações de pesquisa, assistência técnica e extensão rural desenvolvidas pelo Incaper junto aos cafeicultores. As lavouras vêm sendo renovadas e revigoradas na ordem de 7% a 8% ao ano sob novas bases tecnológicas, com variedades clonais mais produtivas, nutrição adequada, poda, manejo de pragas e doenças e irrigação.
A curiosidade é que a área cultivada vem diminuindo no Estado ao longo dos anos. Ainda assim, o Espírito Santo é responsável por 62,4% da área total cultivada no país: possui 266,47 hectares cultivados de conilon. Por conta da seca, muitos produtores fizeram podas drásticas nos cafezais e erradicaram as lavouras. Com isso, a área de café conilon em produção no estado diminuiu em mais de 10%.
Para se ter uma ideia, em 2015 e 2016, houve queda significativa na produção de conilon do Espírito Santo. A seca e a má distribuição das chuvas, principalmente na época de florescimento, formação e enchimento dos grãos, afetou a florada, a fertilização das flores, a quantidade e o desenvolvimento dos frutos. Além disso, provocou queda de folhas e frutos.
Como grande parte das lavouras de conilon do Espírito Santo são irrigadas, e foram comprometidas por conta da falta d’água nos mananciais, produtores ainda tiveram à proibição de irrigação durante o dia nos longos meses de crise hídrica. Com isso, os tratos culturais também foram afetados: a falta d’água provocou a redução das adubações e favoreceu a incidência de ácaros vermelhos, cochonilha da roseta e broca das hastes.
No final de 2016, verificou-se a melhora das condições climáticas nas regiões produtoras de conilon. Empreendedor e adaptado a esta realidade, o cafeicultor lançou mão das tecnologias recomendadas pelo Incaper, de maneira que as lavouras de conilon capixabas estão se recuperando da seca e sendo revigoradas. Foto: Divulgação / Seag.