Estado – O mais recente levantamento feito pelo anuário Finanças dos Municípios Capixabas, da Aequus Consultoria, aponta o gasto das cidades do Espírito Santo com Educação em 2017. Em um cenário de crise, com fortes quedas de receitas nos municípios capixabas, os gastos na área registraram queda pelo terceiro ano consecutivo, totalizando R$ 3,1 bilhões, valor abaixo do que foi gasto em 2011.
As maiores quedas registradas aconteceram em Laranja da Terra (-25,8%), município que registrou seu menor gasto com educação dos últimos 13 anos; Ibatiba (-23,5%) e Atílio Vivácqua (-16,7%). Em valores absolutos, as maiores reduções foram a de Serra, com R$ 15,1 milhões a menos; Itapemirim, com R$ 11,7 milhões a menos; e Anchieta, com R$ 9,6 milhões a menos.
Segundo Tânia Villela, economista e editora do anuário, a queda se explica pelo cenário adverso pelo qual passam as finanças municipais. “A retração na economia tem exigido um movimento generalizado de contenção das despesas. Os municípios não estão conseguindo fazer grandes investimentos em obras e equipamentos, que quase zeraram em 2017”, pontuou.
Os destaques foram Marilândia, com alta de 11%; Vargem Alta, com aumento de 10,4% e Bom Jesus do Norte, que aumentou em 10,1% os recursos destinados para a educação. Dos 77 municípios capixabas com dados fechados até a data do encerramento da edição da publicação, apenas 24 aumentaram suas despesas com educação em relação à 2016.
Conforme os dados do anuário, os recursos aplicados pelas cidades em educação por aluno também reduziram nos últimos três anos, e o gasto médio foi de R$ 6.045,29, em 2017, valor abaixo do registrado em 2011.