25 de fevereiro de 2020 – No último dia (18), o local estava sem motorista para os veículos que realizam a remoção dos corpos, podendo atrasar a retirada de cadáveres de hospitais ou de locais de crimes ou acidentes
Por falta de funcionários no Serviço Médico Legal (SML) de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, familiares das próprias vítimas se ofereceram para ajudar na liberação dos corpos, nesta segunda-feira (17).O agente penitenciário Gesse Barcelos foi até o SML para liberar o corpo de filho. Chegando lá, acabou se voluntariando para ajudar no processo.“Eu cheguei mais cedo para ver se meu filho já estava liberado, porém não tinham pessoas para fazer esse serviço que estou fazendo agora no momento.Ontem (24) o agente comentou “não é muito fácil, porque é meu filho, né?”, disse. Alguns parentes estavam esperando há mais de dez horas pela liberação dos corpos. “E aí, como vai ter um velório digno para a pessoa se não está tendo um apoio do Estado? Deveria ter funcionário, isso não é função da família”, lamentou a microempreendedora Elicássia Faria.Em nota, a Polícia Civil disse que um concurso vai contratar 173 funcionários em todo o estado, mas não tem prazo.Para piorar a situação, faltou água no local durante toda a manhã. A polícia disse que está desenvolvendo um projeto para padronizar os serviços regionais e instalar no interior laboratórios que hoje só funcionam em Vitória.