Maria das Graças Nacort, diretora da AMFVV/ES – Associação de Mães e Familiares de Vítimas da Violência no Espírito Santo, estará na manifestação desta quinta 27
De acordo com a AMFVV/ES – Associação de Mães e Familiares de Vítimas da Violência no Espírito Santo, promove nesta quinta-feira dia 27, uma manifestação em repúdio a situação de insegurança, devido o elevado índice de violência registrado nos municípios da região noroeste. Uma forte motivação partiu dos familiares de Ismael Olimpio Rocha, assassinado em março desse ano, quando foi ao curral pertencente a família de sua ex-esposa no município de Águia Branca.
O objetivo, de acordo com uma das idealizadoras do movimento, a diretora da entidade Maria das Graças Nacort, será a de conscientizar, refletir e sensibilizar as pessoas em favor da paz e da segurança em nossa região.
O movimento está marcado para ter início às 9 horas, no centro da cidade, tendo como percurso a avenida Jones dos Santos Neves, saindo das imediações da loja Alves Material de Construção, percorrendo toda a avenida, até o antigo posto Texaco, retornnando para a Praça Atílio Vivácqua e culminando com uma concentração na frente do Fórum Danton Bastos.
O crime
Ismael é irmão do presidente da agremiação esportiva Real Noroeste, Flaris Rocha. Segundo relato da família do rapaz assassinado, no dia 27 de março desse ano, ele teria sido morto por um cunhado. O crime teria a conotação desconhecida, mas a vítima foi morar com Joelva Neppel e teria levado 35 cabeças de gado que teria recebido de seu pai já falecido. A mulher teria pedido a separação mas impediu que houvesse a retirada dos animais.
Ismael, tinha uma liminar da Justiça, que concedia a ele o direito de retirar o gado da propriedade da família de sua companheira. Ela, teria ido até a Justiça e afirmou que Ismael não teria gado algum na propriedade de seus pais. Alegou que os animais eram de propriedade de seu irmão João França Neppel, o qual se encontra foragido.
Segundo declaração dos irmãos da vítima, a Justiça teria revogado uma liminar, permitindo que Ismael fosse ao local apenas para cuidar dos animais. No dia 27 de março, quando ele foi ao curral curar uma vaga que apresentava sinais de “bicheira”, encontrou bezerros mortos por falta de cuidados. Nesse dia, a vítima foi ao local por volta do meio dia, com a finalidade de não encontrar com parentes de sua ex-companheira.
Ismael foi morto com vários tiros a queima roupa por elementos que colocaram ao lado do corpo, (lado esquerdo), um facão, alegando legítima defesa. O detalhe é que Ismael era destro e não canhoto. Ele foi executado com uma bala para cada animal que tinha na propriedade.
Fotos: Arquivo família Rocha/GazetaOnline fotomontagem/reportagem exclusiva Repórter Barra * permitida reprodução desde que citada as fontes.