Estar entre os 500 melhores do Brasil pela Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) não é uma realidade para qualquer um.
Entretanto, Daniel Brunoro Krohling, um capixaba de apenas 13 anos conseguiu esse feito e ainda obteve a melhor nota no Brasil do Nível I, que representa estudantes do sexto e sétimo ano.
“A experiência de um ouro na OBMEP é muito boa, pois você está entre os 500 melhores do Brasil. E ficar em primeiro lugar como eu, é melhor ainda”, diz o estudante.
Aluno da Rede Pública Estadual do Espirito Santo, Daniel Brunoro Krohling não é único da família a ter medalhas na OBMEP.
O irmão mais velho dele, Henrique Brunoro Krohling, de 15 anos, está cursando o 1º ano do Ensino Médio e na edição de 2018 conquistou pela 2ª vez uma medalha de ouro.
“Quando eu soube do resultado fiquei muito feliz porque estava esperando muito. Achava que eu não ia conseguir mais essa medalha de ouro”, contou.
Exemplos não só por conquistarem ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática, os irmãos, de acordo com professor e coordenador do Programa Matemática na Rede, Wellington Rosa de Azevedo, 35 anos, são alunos que estudam e vão além do conhecimento de sala de aula.
“Para a rede de ensino, eles são exemplos. Primeiro porque a matemática não é um bicho de sete cabeças. Segundo, são também exemplos de garotos do dia a dia que estudam mais e se destacam. Ganhar a medalha significa estarem entre os 500 primeiros, e no caso do Daniel, ser o primeiro”, ressalta Wellington.
Preparo
Até a conquista da medalha, os estudantes bem como os outros passaram a praticar bastante. Tanto Daniel como Henrique Brunoro contam que o incentivo da escola e dos professores foi essencial, indo além de somente fazer as provas antigas e alguns materiais que a própria OBMEP fornece.
“Eu sempre me preparo fazendo as provas anteriores e a minha escola está incentivando a gente cada vez mais a fazer as Olimpíadas. Além disso, a matemática tem significado muito na minha vida ultimamente”, conta Daniel Brunoro.
Como o irmão mais novo, Henrique Brunoro também teve o incentivo da escola. Com isso, o estudante de 15 anos ressalta que tem muito o que agradecer aos professores que o estimularam.
“Pra conseguir a medalha eu tive que fazer as provas antigas, e alguns materiais que a própria olimpíada fornece. Além disso, a escola ajudou muito me incentivando a participar. Sendo assim, eu tenho muito agradecer aos meus professores”, conta Henrique Brunoro Krohling.
Para o professor Wellington Rosa de Azevedo, a medalha representa uma vitória muito importante, que vai além da competição e abrange o conhecimento. E assim, faz com que o aluno consiga atingir um conhecimento em matemática muito maior.
“A medalha conecta o aluno em um universo que não se encontra em qualquer livro. Além da dessa conquista, o aluno é convidado para participar no ano seguinte do programa de iniciação cientifica da OBMEP, que faz com que ele amplie a visão de mundo em relação à matemática e a realidade”.