O Ministério Público do Espírito Santo, através do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), informou que Patricia Gonçalves Oliveira, Vera Lucia Delfino de Oliveira, Keila Cristina Belo da Silva Oliveira, Eduardo de Oliveira , Andressa Cristina dos Santos Coutinho Angeli, Francielly dos Santos Strelhow e Maria de Fátima Grilo, todos investigados na Operação “Pontas Soltas”, deixaram a prisão; eles foram presos no último dia 26 de novembro durante cumprimento de mandados pelo Gaeco em São Gabriel da Palha, Cariacica, Vitória e em Guaçuí, os investigados ganharam a liberdade provisória desde o último dia 5 de dezembro, Paulo Sergio Tavares, que também é investigado é o único que não teve a liberdade concedida.
O pedido de liberdade foi feito pelo Ministério Público ao juiz da Vara Única de Rio Bananal, onde corre o processo, de acordo com a decisão do juiz o pedido de liberdade foi concedido aos indiciados, com a condição única de que não haja comunicação entre eles e com testemunhas do caso, “Observo que após a prisão, os indiciados colaboraram com as investigações; Vejo que a busca e apreensão e a prisão, até este momento foram suficientes para colher provas necessárias à instrução”, ponderou o juiz Wesley Sandro Campana dos Santos.
A operação investiga a emissão de diplomas de graduação e certificados de pós-graduação de forma fraudulenta em diversas cidades do Estado.De acordo com o Ministério Público do ES, todos são investigadas por envolvimento na emissão de diplomas sem que os alunos frequentem efetivamente as aulas. “Os investigados estão vinculados à faculdades e institutos ou intermediando alunos para, de forma fraudulenta, conseguirem diplomas, tanto de pós como de graduação”, explicou o promotor de Justiça Adriani Ozório Nascimento.
Por telefone a reportagem tentou contato com os citados na matéria, mas as ligacões não foram atendidas.
AS FASES DA INVESTIGAÇÃO
O Gaeco chegou aos alvos da operação após acordos de colaboração premiada envolvendo investigados nas fases anteriores da Operação Mestre Oculto. Durante a primeira fase, deflagrada em 25 de julho de 2018, segundo o Ministério Público, ficou claro que os “institutos” investigados de Linhares e Rio Bananal atuavam como intermediários junto às faculdades certificadoras. Na segunda fase, a investigação alcançou um patamar superior do esquema, atingindo o topo da organização criminosa, de acordo com as apurações feitas até o momento.