As famílias residentes na avenida Beira-Rio, em Linhares, foram surpreendidas por uma sirene. Ela foi acionada pela Fundação Renova às 19 horas desta segunda-feira (18), que informou que a ação contou com o apoio da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros. O barulho faz parte do plano de remoção das famílias residentes no local.
A realocação para moradias provisórias é uma medida de precaução máxima em função dos resultados de estudos realizados por uma consultoria técnica especializada, que apontaram riscos estruturais no barramento construído para proteger a lagoa Juparanã da passagem do rejeito pelo rio Doce, em 2015.
As famílias foram comunicadas, orientadas e serão acolhidas em todas as suas necessidades e demandas. Elas estão sendo hospedadas em hotéis da região. A Fundação Renova reitera o seu compromisso com a garantia da segurança das famílias.
Entenda o caso
Uma decisão judicial de 2015, logo após o rompimento da barragem de Fundão, determinou a construção de um barramento emergencial para impedir o contato das águas do Rio Doce e da lagoa Juparanã. Apesar de temporário, o barramento permaneceu instalado, por força de seguidas determinações judiciais, o que agravou a ocorrência de alagamentos, já habituais na região. Um canal ligando a lagoa ao rio Pequeno foi construído em 2018 para reduzir o nível da água na Juparanã. Para enfrentar o último período chuvoso, este canal foi ampliado em 22 de setembro de 2018 e, em caráter de prevenção, foram removidas temporariamente as 56 famílias residentes na avenida Beira-Rio.
O barramento de Linhares é monitorado diariamente, seguindo procedimentos de segurança e contingência.
A atuação da Fundação Renova para garantir a segurança de sua estrutura e das famílias em seu entorno é realizada por profissionais das áreas de Infraestrutura, Engenharia, Saúde e Segurança e Contingência. Além dos monitoramentos hidrométricos realizados na região e sete pontos da bacia do rio São José e Lagoa Juparanã, é realizado checklist diário de monitoramento da estrutura.