Foram dois anos de investigação até chegar aos principais suspeitos, que operavam na região sudeste
Estado – A investigação durou pelo menos dois anos, e identificou que uma rede fazia todo o processo de adulteração, que repassava para os postos e por sua vez, vendiam para os consumidores. Nesta segunda-feira (3), 45 pontos foram fiscalizados. De acordo com a investigação, foram identificados núcleos considerados principais entre o eixo Rio de Janeiro / São Paulo: adulteração, revenda adulterada, distribuição irregular e distribuição.
“Há dois anos nos fomos procurados pelo Gaeco com um conjunto de informações provenientes de várias fontes, da polícia civil, da Secretaria de Estado da Fazenda do Rio de Janeiro e muitas outras, com um grande número de dados sobre o mercado de combustível”, explicou o gerente do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc), Raphael Ramos.
Segundo ele, as diligências ainda estão em andamento, entre elas os prejuízos da fraude, que ainda estão sendo contabilizados pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz).
“Nós baseamos a investigação no seguimento de uma pequena rede de postos. A partir dela fomos identificando os fornecedores. Utilizamos a base de dados inicial e lá havia referências a cargas de combustíveis roubadas e diversos procedimentos da polícia civil. Havia também menção a metanol, que trafegava pelo Estado Rio de Janeiro e alguns dos destinos, detectados pela ANP, eram os alvos investigados no inquérito”, disse Raphael Ramos.
O gerente explicou também que foi identificado um fornecedor principal de gasolina; um grupo do Estado de São Paulo que começou a colocar gasolina e etanol no Espírito Santo; um empresário local que comercializa etanol dentro e fora do Estado, proveniente de usinas em vários locais do Brasil, além de uma linha de distribuição de olho diesel, onde o problema é mais a fraude fiscal.
A investigação segue e pode trabalhar, inclusive, com delatores. Alguns dos envolvidos estão contribuindo com a justiça e confessando a participação no esquema. A intenção é oferecer a denúncia o mais rápido possível.