Brasil – De janeiro a setembro, por exemplo, a desobediência às leis de trânsito foi a segunda maior causa de acidentes, ocasionando 515 óbitos nas estradas, segundo a Polícia Rodoviária Federal. A líder do ranking é a desatenção ao volante.
Esses dois fatores, infelizmente, são comuns se associados a algumas infrações: faróis baixos nas estradas (obrigatório desde 2016), ultrapassagem pela faixa contínua, transitar com o veículo em cima da faixa e do acostamento ao mesmo tempo, falta de indicação com seta, uso de celular ao volante, fumar enquanto dirige (é obrigatório estar com as duas mãos no volante), excesso de velocidade, entre outras.
Segundo manual da Organização das Nações Unidas (ONU), a probabilidade de um pedestre sobreviver a um atropelamento ocasionado por um motorista que trafega a 64 km/h é 80% menor do que as de um atingido por veículo que trafega com a metade da velocidade.
O ministro das Cidades, Alexandre Baldy, ao apresentar, nesta terça-feira, em Brasília (DF), o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), disse que a parceria entre todos os segmentos da área de segurança viária é fundamental para que o país cumpra a meta de reduzir pela metade, num período de dez anos, o índice de mortes: “Para que, juntos, por meio dessa ampla aliança, possamos, efetivamente, chegar ao índice de Zero de mortes.”
O ministro das Cidades destacou a importância do Pnatrans, sua aplicabilidade e eficácia, num país em que os números de acidentes com vítimas fatais no trânsito são considerados alarmantes. “Mais de 130 brasileiros e brasileiras morrem todos os dias. Algo comparável à queda de uma grande aeronave diariamente”, reiterou.
Segundo ele, o Brasil, infelizmente, demorou um tempo para se integrar ao compromisso com a Organização das Nações Unidas (ONU) para buscar na década da segurança viária, a redução de 50% desses acidentes e mortes. “Mas, como se diz, antes tarde do que nunca. Por isso tomamos essa iniciativa, para que possa conscientizar os condutores em todo país, que eles saibam que cada um tem que fazer a sua parte”, completou.