Linhares – O secretário Nylton Rodrigues, o delegado geral Guilherme Daré, o comandante dos Bombeiros, Coronel D’Isep, e a forca-tarefa de Linhares se pronunciam nesta manhã de quarta-feira (23) sobre as investigações das mortes dos irmãos Kauã e Joaquim, em Linhares.
Antes de ser líder de uma igreja batista de Linhares, Norte do Estado, George Alves, era responsável por administrar um salão de beleza em São Paulo. O pai e padrasto dos irmãos que morreram carbonizados em um incêndio em Linhares, teve a prisão decretada e foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória de Viana II, na Grande Vitória onde permaneceu até a conclusão do inquérito policial.
Em publicações mais antigas nas redes sociais, o pastor mostra alguns dos trabalhos feitos. Alguns, inclusive, com a atual esposa, Juliana Salles, mãe dos meninos Joaquim e Kauã. O filho mais velho, Kauã, era fruto de um relacionamento anterior de Juliana. Com George, ela teve Joaquim e outros dois filhos: Helena, que morreu há cerca de dois anos vítima de uma doença, e João, de aproximadamente um ano e meio.
Relato
Uma pessoa que mora perto da casa atingida pelo incêndio, contou que presenciou o momento em que George saiu de casa para pedir ajuda. “Acordei com o alarme de casa disparando e quando sai vi a movimentação. Ele estava na rua, andava transtornado de um lado para o outro e chorava muito. A única coisa que eu consegui escutar foi ele dizendo ‘Meu Deus, eu te amo”.
O caso
Joaquim Alves Sales, de 3 anos, e Kauan Sales Burkovsky, de 6, morreram carbonizados na madrugada do último sábado (21) durante um incêndio na casa onde moravam, no Centro de Linhares. George Alves, pai e padrasto dos irmãos, prestou depoimento à Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) na delegacia do município na terça-feira (24). Segundo a Polícia Civil, esse é um procedimento padrão, pelo fato de ele ter sido a última pessoa em contato com as crianças.
Em uma das perícias realizadas, os peritos utilizaram um produto chamado “luminol”, que permite encontrar manchas invisíveis a olho nu. O recurso detecta marcas de sangue e outros vestígios, mesmo depois do incêndio e de o local ter sido limpo.
Desfecho sobre morte dos irmãos
11h04: Delegado André: “As crianças continham fuligem na traqueia, bem como apresentavam substância no sangue que demonstravam que elas ainda respiravam quando teve início o incêndio. Porém, esse incêndio foi rápido e intenso”.
11h03: O delegado André explicou que as crianças foram agredidas após os abusos sexuais. Marcas de sangue de Joaquim foram encontradas na parede do banheiro.
11h02: Delegado André: O conjunto nos demonstra que naquela madrugada, o investigado inicialmente molestou as duas crianças, tanto seu enteado Kauã, quanto o seu filho Joaquim mantendo. Isso é demonstrado tecnicamente.
11h00: Delegado André diz que a força tarefa que investiga o caso não tem mais interesse em ouvir o delegado George Alves
10h57: Delegado André Costa: Durante a perícia foi identificado que o cenário era incompatível com um incêndio acidental
10h50: Autoridades reunidas antes do início da entrevista coletiva
10h48: Secretário de Segurança, Nylton Rodrigues, diz que os laudos periciais “são definitivoss, esclarecedores e inegáveis
Na última terça-feira (22), a Justiça acatou o pedido da Polícia Civil e prorrogou a prisão temporária do pastor George Alves, única pessoa que estaria em casa com as crianças no dia do incêndio.
No dia 17 deste mês, a Polícia Civil confirmou que o pastor George investigado por homicídio
O caso
A morte dos irmãos Joaquim Alves Sales, de 3 anos, e Kauã Sales Burkovsky, de 6 anos, completa um mês nesta segunda-feira (21). Os corpos das crianças foram encontrados carbonizados, dentro de um quarto da residência onde moravam, em Linhares.
Na ocasião, o pastor Georgeval Alves Gonçalves, 36 anos, mais conhecido como George, era o único que estava em casa com os irmãos. George era pai de Joaquim e padrasto de Kauã.
Segundo contou a um amigo da família, George disse que acordou com o choro pela babá eletrônica e percebeu que o quarto dos meninos estava em chamas. No mesmo momento, ele afirma que foi até o cômodo e tentou salvá-las, mas acabou queimando também os pés e foi empurrado para fora pela força do fogo.
As mortes de Kauã e Joaquim não foram as primeiras perdas do casal. Há cerca de dois anos o George e Juliana também perderam uma filha quando tinha apenas três meses por problemas de saúde.
No dia 28 de abril, o pastor George foi preso em hotel do município, e encaminhado ao presídio de Viana.
Após o incêndio, os corpos dos irmãos foram encaminhados para o Departamento Médico Legal de Vitória, de onde só saíram no dia 10 de maio, após realização de exames de DNA. Com informações ESHoje/ Fotos: Thais Rossi, Gazetaonline, G-1, Cassio de Souza, Wilton Jr. Facebook.