O sargento que se recusou a devolver o colete e está preso desde sexta-feira (9) no Quartel General da PM, em Maruípe
A Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) – presidente Euclério Sampaio, o vice-presidente Josias Da Vitória e o membro efetivo Gilsinho Lopes – anunciou que vai denunciar ao Ministério Público e à Corregedoria da Polícia Militar o comandante do 4° BPM e dois majores por abuso de poder. Os três deram voz de prisão ao sargento Ronaldo Ribeiro Trugilho, de 44 anos, na última quinta-feira (8) por não devolver o colete à prova de balas quando ia para casa.
“Vamos acionar os órgãos competentes para corrigir essa injustiça que fizeram com o sargento. O colete estava sob cautela permanente e o policial necessita para transitar do batalhão para casa. Como que ele está sendo punido por querer usar um equipamento que é obrigatório seu uso segundo o regulamento?”, questionou o deputado Josias Da Vitória, vice-presidente da comissão.
Familiares, amigos e colegas de farda do sargento fizeram uma manifestação na manhã desta segunda-feira (12) em frente à Corregedoria da PM. Carregando faixas pedindo a liberdade do sargento, o grupo também pede a regularização da quantidade de coletes que os policiais têm direito.
O sargento, que está preso desde sexta-feira (9) no presídio do Quartel General da Polícia Militar, em Maruípe, recebeu a visita dos membros da comissão da Ales. Ele recebeu voz de prisão por desobediência.
Ainda segundo a Comissão de Segurança da Ales, há denúncias de que o sargento estaria sendo perseguido desde o meio do ano. Ele teria sido transferido para as ruas por não querer devolver o colete e, neste mês, foi recolocado no antigo posto dentro do Batalhão.
Por meio de nota, a Polícia Militar informou que o caso está sendo apurado. “Até que seja encerrada toda a apuração, não haverá manifestação sobre o fato.