Dulcinéia Leão Coutinho teve uma das pernas amputada e apesar de passar mal na audiência no Fórum em Linhares, ela saiu satisfeita com a decisão da Justiça
Aconteceu no Fórum de Linhares a primeira audiência da Justiça sobre o caso da professora Dulcinéia Leão Coutinho, 37 anos, que teve a perna amputada após ser atropelada no bairro Interlagos. A Justiça determinou que César Amauri Ferri, 28 anos, o motorista atropelador continue preso.
A professora saía de um bar, acompanhada de um amigo no dia 23 de outubro de 2016, quando o caminhão conduzido por César entrou num cruzamento em alta velocidade e atingiu os dois. Ambos sofreram vários ferimentos. Depois de vários dias de internação, Dulcinéia deixou o hospital, mas perdeu uma das pernas.
Na audiência sobre o caso, o juiz Daniel Barrioni de Oliveira definiu que o condutor do veículo continuará preso, até que o Ministério Público se manifeste sobre o assunto. César está na carceragem do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Colatina. Ele já tinha várias passagens pela polícia por outros motivos. O magistrado decidiu liberar o veículo que atropelou a professora, mas o caminhão não poderá transferido para outro proprietário até que o processo seja julgado em definitivo.
Durante audiência a professora Dulcinéia não se sentiu bem e deixou a sala. Ao final, porém, ela se mostrou satisfeita com a decisão da justiça e disse esperar que o motorista atropelador continue preso.
Nós conversamos também com advogado da professora, Cleylton Mendes. Ele disse que paralelo ao processo criminal, já está também em andamento outra ação por danos morais e materiais contra César Amaurí Ferri na Vara Cível do município. “Como já existe decisão na esfera criminal, esperamos que a ação ande mais rápido na Vara cível”, declarou o advogado.
Após o acidente, a professora Dulcinéia passou a fazer sessões de fisioterapia para poder voltar a se locomover. “Minha vida mudou muito depois desse acidente. Voltei a ser novamente uma criança da noite para o dia. Estou reaprendendo a andar, mas não consigo trabalhar ainda”, desabafou.
Dulcineia recebe um auxilio financeiro do INSS, mas afirma que o dinheiro é menor do que o valor que recebia quando estava trabalhando. Mesmo assim, a professora se mantém firme na esperança de voltar a ter uma vida normal. Com informações e fotos do Portal Linhares Em Dia.