No Espírito Santo são 3.277 doadoras de leite materno. Em 2016 foram coletados 3.899,6 litros de leite em todo Estado
Começou nesta sexta (19) e vai até o dia 25 de maio, a Semana Estadual de Doação de Leite Humano. Com o slogan “Um pouquinho do que você doa, é tudo para quem precisa”, a campanha aborda a necessidade do leite humano ao desenvolvimento dos bebês, como única fonte de alimento até os seis meses de idade.
Segundo a coordenadora de Saúde da Criança da Sesa, Edna Cellis Vaccari Baltar, a amamentação é o principal fator de redução da mortalidade na infância e, por isso, a campanha prevê o aumento do número de novas doadoras, bem como do volume de leite humano coletado e distribuído aos recém-nascidos prematuros e de baixo peso, internados no Brasil.
“É preciso sensibilizar a sociedade sobre importância da doação de leite humano, uma ação solidária que pode salvar a vida de milhares de recém-nascidos de baixo peso, que não podem se alimentar do leite da própria mãe”, disse.
Para ser doadora de leite humano é preciso estar amamentando, ser saudável e não tomar medicamentos que possam interferir na amamentação e na doação. Todo leite doado é analisado, pasteurizado e submetido a rigoroso controle de qualidade antes de ser ofertado a uma criança.
Com essas doações, bebês que estão internados e não podem ser amamentados pelas próprias mães têm a chance de receber os benefícios do leite materno, se desenvolvendo com saúde e tendo mais chances de recuperação, ficando protegidos de possíveis infecções, diarreias e alergias.
A administradora de empresas Maria da Penha Vervloet Santos, 24 anos, é mãe do pequeno Miguel, de 7 meses, e doadora de leite materno durante esse tempo. Ela contou que no início da maternidade produzia muito leite e ele empedrava no seio, motivo que a fez procurar ajuda para resolver o que até então era um problema.
Maria da Penha foi até o Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital das Clínicas, em Vitória, onde recebeu a orientação de que poderia doar o leite e evitar os incômodos do empedramento no seio.
“Eles me deram toda a orientação e nos primeiros dias fui até o local para que eles me ajudassem a coletar o leite. Me ensinaram a fazer a massagem e a forma correta para coletar em casa. Agora, eles entregam o pote esterilizado na minha casa e depois vêm buscar. É tudo muito simples”, contou.