Profissionais agora são público-alvo da imunização, que ocorre mais cedo este ano
Professores da rede pública e privada de todo o país serão incluídos como público-alvo da Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe neste ano. Segundo o ministro da saúde, Ricardo Barros, as doses estarão disponíveis para a população mais cedo este ano, partir de 17 de abril. Em 2016, a imunização começou em 30 de abril.
Com a mudança na data, alguns estados devem receber o quantitativo antecipadamente – sobretudo os da Região Sul, em razão das baixas temperaturas registradas no período – e poderão inicar antes a campanha de vacinação.
Além dos professores, também devem ser imunizados crianças com idade entre 6 meses e menores de 5 anos, idosos, gestantes, puérperas (mulheres até 40 dias após o parto), trabalhadores da saúde e pessoas com algum tipo de comorbidade (doenças relacionadas).
“Vale tanto para professores da rede pública e privada. Não haverá diferenciação. Basta comprovar que é professor e ele terá acesso à vacinação”, explicou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Carla Domingues.
“Nossa expectativa é vacinar 54 milhões de brasileiros, quase 3 milhões a mais do que o previsto no ano passado”, completou.
Mobilização
A campanha deste ano deve seguir até 19 de maio. O dia D, conhecido pela mobilização nacional, está previsto para 6 de maio.
Em geral, a vacina protege contra três vírus de gripe, definidos a cada ano pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de acordo com o cenário epidemiológico. Entre eles, está o H1N1, cujos casos tiveram aumento no ano passado.
Mudança para seis vacinas
O Mistério da Saúde também anunciou ontem a ampliação do público-alvo de seis vacinas oferecidas nos postos de saúde: tríplice viral, tetra viral, dTpa adulto, HPV, meningocócica C e hepatite A.
Segundo a pasta, o objetivo é aumentar a proteção de crianças e adultos e diminuir a incidência de algumas doenças no país, como caxumba e coqueluche.
Para as crianças, as mudanças ocorrem nas vacinas contra hepatite A e a tetra viral, que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela. Em ambos os casos, a vacina passa a ser disponibilizada para crianças com 15 meses a até cinco anos – antes, a idade máxima era de até dois anos.
O novo calendário também estende a vacinação indicada para adolescentes e adultos. É o caso das vacinas contra o HPV e meningite C, que passam a ter o público-alvo ampliado entre os mais jovens.
Também passam a receber a vacina homens e mulheres com baixa imunidade (como transplantados e pacientes oncológicos) e homens vivendo com HIV e Aids entre 9 a 26 anos.
Adultos
Para os adultos, o Ministério da Saúde altera a faixa etária recomendada para oferta de duas vacinas: dTpa, que protege contra difteria, tétano e coqueluche; e a tríplice viral, indicada contra sarampo, caxumba e rubéola. Assim como corre para as crianças, não há a inclusão de doses extras, mas sim ampliação no momento indicado para oferta das doses.
(in box) Novidades nas vacinas
Gripe
Professores
Professores das redes pública e privada tornaram-se público alvo da vacina a partir de agora. Além deles, são vacinadas crianças com idade entre 6 meses e menores de 5 anos, idosos, gestantes, puérperas (mulheres até 40 dias após o parto), trabalhadores da saúde e pessoas com algum tipo de comorbidade (doenças relacionadas).
Hepatite A
Antes
Idade máxima para vacinação era de 2 anos.
Agora
Uma dose aos 15 meses ou até 4 anos, 11 meses e 29 dias.
Tetra Viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela)
Antes
Idade máxima para vacinação era de 2 anos.
Agora
Uma dose aos 15 meses ou até 4 anos, 11 meses ou 29 dias.
HPV
Antes
Duas doses com intervalo de seis meses para meninas de 9 a 13 anos e três doses com intervalo de dois e seis meses para mulheres de 9 a 26 anos vivendo com HIV e Aids.
Agora
Vacina passa a ser ofertada em duas doses também para meninos de 12 e 13 anos e em três doses para homens de 9 a 26 anos vivendo com HIV e Aids e pessoas com baixa imunidade (como transplantados ou pacientes oncológicos).
Meningite C
Antes
Vacina indicada apenas para crianças, com esquema vacinal de duas doses aos três e cinco meses e reforço que poderia ser aplicado aos 12 meses ou até 4 anos.
Agora
Será ofertada uma dose de reforço também a adolescentes de 12 a 13 anos.
Tríplice viral
Antes
Além da vacinação na infância, adultos poderiam recebiam 2ª dose até 19 anos ou receber apenas uma dose da vacina, administrada entre 20 e 49 anos.
Agora
A segunda dose será ofertada até 29 anos; para não vacinados, uma dose de 30 a 49 anos.
DTPA (difteria, tétano e coqueluche)
Antes
Uma dose a cada gestação entre a 27ª semana e 36ª semana.
Agora
Uma dose a cada gestação a partir da 20ª semana ou no puerpério (até 45 dias após o parto).