Segundo o presidente da estatal, 3 mil funcionários já aderiram ao programa de desligamento. Em Linhares, o fechamento de uma das três agências deve ocorrer até maio
Em meio à mais grave crise financeira de sua história, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) planeja também fechar cerca de 200 agências neste ano, além de uma série de medidas de redução de custos e de reestruturação da folha de pagamentos.
A empresa acumula dois rombos de R$ 4 bilhões nos últimos dois anos. Os Correios fecharam o ano passado com prejuízo em torno de R$ 2 bilhões, após registrar perdas de R$ 2,1 bilhões em 2015. “Estamos trabalhando para reverter esse quadro. O objetivo é colocar a empresa no azul neste ano”, disse o presidente . Os Correios contam com 117 mil empregados atualmente.
Fechamento de agências
Segundo os Correios, o fechamento de cerca de 200 agências acontecerá sobretudo nos grandes centros urbanos. “Estamos fazendo um processo de otimização onde houver superposição de agência, inclusive para poder aproveitar os reflexos do PDI”, explicou Campos.
Em Linhares onde três agências estão em operação, uma delas no Shopping PátioMix, embora não exista nada oficial até o momento, sabe-se que até maio a unidade deverá encerrar atividades. Inaugurada no dia 24 de março de 2014, a agência está preparada para funcionar de segunda a sexta-feira.
Ali, ainda estão disponíveis vários tipos de serviços, como postagens de cartas, impressos, PAC, encomendas Sedex, além de serviços postais internacionais. Mas a demanda é pequena e praticamente o local trabalha no vermelho. Fontes garantiram ao DNLinhares que o fechamento da agência deverá acontecer até maio deste ano, depois de ser formalizado o pedido junto a administração do Shopping, cujo contrato prevê que em 90 dias seja comunicada a intenção de encerrar as atividades.
Os Correios acompanham o movimento de racionalização e corte de pessoal que também está sendo feito por bancos estatais como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Em tempos de recessão e rombo recorde nas contas públicas, o governo tem incentivado esses programas de desligamento voluntário, até mesmo para tentar afastar a necessidade de aporte federal em estatais em dificuldades financeiras.