De três testados, o único com resultados satisfatórios é usado contra disfunção erétil
O teste foi feito pelo laboratório do Centro de Estudos e Desenvolvimento Analítico Farmacêutico (Cedafar), da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o primeiro a ser habilitado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a fazer os testes de registro.
Foram dois testes: o de equivalência farmacêutica, que verifica a quantidade de princípio ativo declarada pelo fabricante, e o de perfil de dissolução, que estima a velocidade com que o remédio vai ser liberado na corrente sanguínea.
A verificação do remédio para disfunção erétil foi satisfatória para todos os laboratórios testados. Já para o losartana, para pressão alta, os laboratórios Medley, Prati Donaduzzi e Geolab não passaram no perfil de dissolução, e o laboratório EMS, no de doseamento. No caso da dipirona sódica, a marca Neo Química reprovou no de doseamento.
Avaliação
O coordenador do Cedaf, o professor Gerson Pianetti, observa que dos 18 lotes verificados, apenas dois não passaram: “Não são resultados negativos”.
Mas defende a fiscalização. Hoje, pelas regras da Anvisa, o laboratório é quem tem que comprovar a segurança e eficácia do remédio. “Uma análise externa tem mais respaldo. Ela dá maior segurança”, afirma.
O cardiologista Ricardo Kuniyoshi aponta a necessidade de verificar sempre os remédios. “O médico tem que ter a certeza de que os medicamentos são equivalentes.”
Genéricos
Legislação
O programa dos medicamentos genéricos foi lançado em 1999, ano da lei que o regulamentou. Pela lei, laboratórios podem reproduzir e comercializar medicamentos de outras fabricantes vinte anos após eles terem sido patenteados. Hoje, os genéricos representam 30% do mercado de medicamentos. Eles devem ter a mesma concentração e capacidade de dissolução do original.
O teste
Genéricos
A pedido do fantástico, o Centro de Estudos e Desenvolvimento Analítico Farmacêutico (Cedafar), ligado à Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), testou três princípios ativos: losartana potássica, para pressão alta; dipirona sódica em gotas, para dor febre; e citrato de sildenafila, para disfunção erétil.
Avaliação
O laboratório testou a equivalência farmacêutica, que verifica a quantidade de princípio ativo declarada pelo fabricante, e o perfil de dissolução, que estima a velocidade com que o remédio vai ser liberado na corrente sanguínea.
Resultado
Os medicamentos para disfunção erétil testados foram aprovados. O princípio ativo losartana, para pressão alta, fabricados pelos laboratórios Medley, Prati Donaduzzi e Geolab não passaram no perfil de dissolução. E o fabricado pelo EMS não passou no de doseamento. No caso da dipirona sódica, a marca Neo Química foi reprovada no de doseamento.
Detalhes
Os medicamentos foram comprados em farmácias do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Belo Horizonte.
Critérios
Foram considerados os três princípios fabricados ativos fabricados nos medicamentos genéricos mais vendidos em 2015. Por fim, foram testados três princípios ativos de 15 medicamentos genéricos de nove laboratórios diferentes.
Riscos
Fiscalização
Médicos apontam a necessidade de fiscalizar os medicamentos para terem a certeza de que receitarão a dosagem correta. O risco é de que, ao receitar um similar, a concentração do princípio ativo esteja aquém ou além do que está consolidado no medicamento original.