Morador do prédio há três anos, o administrador Fábio Fernandes conta que tem receio que Bertrand responda pelo crime em liberdade e volte para o edifício
Um dia depois da agressão à zeladora Creonice Coutinho dos Santos, o clima é de medo no condomínio onde o crime aconteceu, na Praia do Canto, em Vitória.
Alguns moradores já se articularam e fizeram uma carta pedindo ao síndico do prédio, Arnaldo Sossai, que o agressor e vizinho seja expulso do prédio. O proprietário do imóvel que Bertrand alugava há cerca de três anos foi notificado e disse que vai pedir que a família retire os pertences do acusado do apartamento.
Morador do prédio há três anos, o administrador Fábio Fernandes conta que tem receio que Bertrand responda pelo crime em liberdade e volte para o edifício.
“Cheguei ontem e vi as manchas de sangue e tufos do cabelo da Creonice pelo chão. Todo mundo tá com medo dele voltar”, afirma.
Arnaldo, o síndico do prédio, conta que já tinha observado que Bertrand, por vezes, chegava alterado, com latas de bebida na mão, mas nada que fugisse do normal.
“Tem muita gente com criança e idoso no prédio. Nem queremos imaginar o que poderia acontecer caso ele tivesse um transtorno desse perto de outra pessoa. Apesar disso, nunca deu trabalho. A única queixa que se tinha contra ele é de uma vez que estacionou o carro fora da vaga”, relata.
Para a enfermeira Roberta Louzada, o sentimento que fica após o crime é de angústia. “Poderia ser qualquer um de nós. Eu, por exemplo, que sou enfermeira, se visse ele caído do jeito em que estava tentaria ajudá-lo e fazer os primeiros socorros. Fiquei muito assustada”, conta.