Colatina – As chuvas vêm favorecendo um cenário que há muito tempo não se via por aqui, com a retomada de atividades agrícolas que vinham sendo muito prejudicadas com a estiagem que atingiu o Estado, acarretando enormes prejuízos nos mais diversos setores da agricultura. Com a melhoria do nível de chuvas nos últimos dois meses e a utilização de tecnologia, a produção de leite no município de Colatina, vem melhorando muito, de acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural (Semder).
A produção de leite é a segunda atividade agrícola mais importante do município, ficando atrás apenas do café. Parte dela é absorvida aqui mesmo, por dois laticínios e de empresas da própria região Noroeste, e ainda das regiões Norte e Sul capixabas, e também de uma cidade do estado de Minas Gerais (Teófilo Otoni). Além do consumo do próprio leite, ele também é utilizado para fazer queijos, iogurte, manteiga, requeijão, mussarela, ricota, creme de ricota, entre outros produtos.
De acordo com o secretário Lauristone da Silva, com a chegada das chuvas e de um novo cenário, a agricultura municipal já começou a dar sinal de recuperação neste ano de 2017, e na produção leiteira não foi diferente. Somando ao uso de tecnologia, permitiu que propriedades com menos de um alqueire de terra, por exemplo, conseguissem produzir mais de 500 quilos de leite.
O otimismo dos produtores com resultados bastante animadores também animou a Prefeitura e os parceiros, para realizar mais um concurso leiteiro, o que não vinha acontecendo desde 2013, devido à grande seca enfrentada pelo Estado. O superintendente de Desenvolvimento Rural da Semder, Guilherme Giuberti, disse que o último concurso que a Prefeitura realizou foi em 2012, e que nos quatro anos seguintes os produtores só acumularam problemas.
“Com a situação se normalizando, as chuvas chegando e a oferta de água aumentando para irrigar as pastagens, e assim podendo alimentar os animais, logicamente que os produtores estão mais otimistas. Com isso a expectativa para 2018 é que o setor continue se recuperando para o bem do mercado e da população, que pode criar mais oportunidades de emprego, além de outras vantagens para a economia”.
O concurso aconteceu em novembro envolvendo 19 propriedades, e premiou (em cerimônia no Ceasa Noroeste no dia 7) os grupos de animais que obtiveram a maior quantidade de leite (peso líquido), em três categorias. Um total de R$ 5,1 mil foram entregues aos vencedores, sendo R$ 1 mil para o primeiro lugar, o grupo de animais campeão de cada uma das três categorias; R$ 700 para o segundo lugar, o grupo vice-campeão de cada categoria; e brindes para o terceiro lugar.
Na categoria “Uma Ordenha de Pasto”, o vencedor foi Jacob Magevski (Córrego São Pedrinho) com 19,35 quilos de leite. Em segundo lugar ficou José Antônio Rossi (Estrada Lagoa do Limão, Baunilha) com 12,81, e em terceiro, José Ricardo Raasch de Barros (Córrego Macuco, São Pedro Frio) com 11,87. Os demais participantes foram: Daniel Favaratto (Baunilha) com 10,44, Valentina Cassaro (Povoação de Baunilha) com 9,71, e Romildo Mazza (São João Pequeno) com 9,12.
Na categoria “Duas Ordenhas de Pasto”, o vencedor foi Geraldo Butzlaff Filho (Cascatinha do Pancas), com 40,74. O segundo lugar ficou com Hélio Tadeu Schultz (Córrego Santo Antonio/São João Pequeno), com 32,86, e o terceiro com Evanildo Schulz (Córrego Boa Vista/São João Pequeno), com 25,99. Os demais participantes foram; Antonio Carlos Lievore (Povoação de Baunilha), com 22,08, Braz Damiani (Olívio Zanotelli), com 21, 60, Paulo Roberto de Oliveira (Córrego das Flores), com 18,37 e Cláudio Casagrande (Córrego Boa Vista/São João Pequeno), com 16,39.
Na categoria “Duas Ordenhas por Silagem”, o vencedor foi Edmar Alfredo Schulz (Córrego Santo Antônio/ São João Pequeno), com 37,064. Em segundo lugar ficou João Luiz Batista (São Gabriel de Baunilha), com 35,83 e em terceiro Valmiro João Peter Verdin (Córrego Piabas), com 22,54.
O Concurso foi realizado pela Prefeitura, por meio da Semder, e também pelo Incaper e Ifes Campus Itapina, e contou com o apoio da Aprucol, Sindicato Rural, Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), Quero Quero, Ceasa Noroeste e Seag.