Devido ao grande aumento do número de carros, a bicicleta exige hoje, nas cidades médias e grandes, a construção de ciclovias.
Elas garantem a segurança do ciclista e evitam acidentes.
Além dos benefícios que proporciona à saúde, a bicicleta é um transporte baratíssimo, pois não consome combustível. Facilitar e incentivar o uso da bicicleta, como transporte alternativo, é providência que deve ser valorizada, se pensamos em políticas públicas centradas em referenciais de humanismo.
O ciclismo faz bem à saúde. A bicicleta reclama do ciclista postura correta, participação das pernas na pedalagem e dos braços no manejo do volante, além de respiração correta e atenção.
O ciclismo oxigena o cérebro, constitui passatempo para o espírito, desenvolve a inteligência.
Andar de bicicleta lembra-me a infância em Cachoeiro de Itapemirim.
Ruas com calçamento de paralelepípedos, poucos carros, nenhum motorista correndo. Trânsito realmente humano, quase diria trânsito fraterno. A convivência entre carros e bicicletas era absolutamente tranquila.
Em países adiantados e cultos, como a França, o ciclismo é um esporte que desfruta da adesão de altíssimo percentual da população. No Brasil, temos também cidades de ciclistas, como Joinville, em Santa Catarina, Santos, em São Paulo, e Aracaju, em Sergipe.
Se praticado em grupo, o ciclismo é, no caso dos jovens, um valioso instrumento de socialização e, no caso dos idosos, um remédio contra a solidão.
Temos de resistir ao modelo social que elege as metas simplesmente econômicas como as essenciais, fazendo do ser humano mero instrumento e produto da Economia. Forças poderosas tentam, de maneira subreptícia, introduzir esse paradigma no inconsciente coletivo. Seremos tragados se não estivermos atentos para nos defender da lavagem cerebral.
A essa visão equivocada, que se funda numa deformação ética inaceitável, temos de opor a ideia de que o homem é o arquiteto e o destinatário da História.
(*) Magistrado aposentado (ES) e escritor. Acaba de publicar: A Fé e os Direitos Humanos (Porto de Ideias Editora, São Paulo). Tem ministrado Cursos de Hermenêutica Jurídica e de Direitos Humanos, de curta duração, no Espírito Santo e fora do Estado. – E-mail: jbpherkenhoff@gmail.com – Site: www.palestrantededireito.com.br